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Quinze anos sem a Dama da Viola. Helena Meirece muito mais

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  No dia 28 deste mês, setembro, serão 15 anos da Dama da Viola. Helena Pereira da Silva Meirelles. Não queria deixar passar em branco. No começo dos anos 2000, quando repórter no Campo Grande News, essa mulher nascida em 13 de agosto de 1924 – leonina, pelo menos tenho algo em comum – era uma fonte para mim. Literalmente. De humildade, de bom humor, sabedoria. Do tipo, meu, olha só o que ela já passou e tá aqui no telefone, sem mágoa, sem estrelismo. Muito massa. Uma pena que eu não tenho nos meus arquivos, busquei na internet e também sem sucesso, o texto da época.  Em que ao se despedir, do outro lado da linha, a artista comparada a nomes como Robert Johnson, reconhecida muito além da fazendas Mato Grosso do Sul afora, do interior paulista, cobra, brava, como ela mesmo se definia: “Vai com Deus, meu filho. Que ele te proteja e sempre te dê saúde”.  Se bobear, ela dizia isso para todos quando se despedia. Pode ser, que bom. Para eu, especial. De lá para cá,...

Para começar, desative as notificações

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Cara, desta vez, começo do fim. Eu acho. Geralmente, encerro com umas dicas para desopilar e tal. Ou, não? Que Dilema...Social. Eu tinha visto chamadinha da Netflix quando entrava no aplicativo. Mas, nem dei muita bola. Daí que a newsletter Homework, do André Forastieri, deu a letra. “Você já viu ‘O Dilema Social’? Está lá explícito, em 4K no Netflix, o nível de manipulação a que somos todos submetidos pelos gigantes digitais. E não é teoria da conspiração: são os próprios executivos e engenheiros que criaram o botão de Like do Facebook, o algoritmo do YouTube e companhia entregando o jogo ― e preocupados com os Frankensteins que criaram. Assista, espalhe, mude seu comportamento. A primeiríssima coisa (e isso é particularmente fundamental para sua produtividade, e portanto para seu futuro profissional): desligue as notificações do celular. Elas são vício, desperdício, crack.” E calhou de eu estar sem nada urgente para fazer naquela hora e, bora lá ver esse negócio. The S...

Desabafa, trouxa

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  A gente é trouxa quando acredita que o pior já passou Mesmo com 130 mil mortos pelo país em seis meses. Só de COVID-19 Quando critica quem apoia cloroquina e tal E esses caras, muito figurão aí, tem acesso aos melhores hospitais Depois, agradecem a Deus e a ciência E garbosamente dizem que terão de fazer a fisioterapia respiratória A gente é trouxa quando briga por coisa pequena Quando mesmo sem saber, comete as coisas que criticamos Quando olha a esquerda fazer a mesma coisa que a direita A gente é trouxa quando não sabe articular alguma coisa. Não sabe responder à altura É refém de empresas privadas ou estatais que parecem fazer um favor para a gente Quando é a gente que paga eles. Ou, o serviço deles A gente é trouxa quando acha bonito os protestos lá fora Mas aqui dentro finge que não vê Tiozinho, tiazinha pedindo esmola no semáforo, vendendo bala Antiga, amassada, a troco de migalha A gente é trouxa quando discute se queremos ou não que vol...

Estrutura (?) dos times preocupa infectologista na volta do futebol em MS

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  Em 14 de março, foram confirmados os dois primeiros casos do novo coronavírus em Mato Grosso do Sul. Quatro dias depois eram seis, e a decisão de que o Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol seria suspenso. Agora, quase seis meses depois e pelo menos 51 mil casos e mil mortes a rondar o Estado, federação e clubes definiram a retomada da disputa para 28 de novembro. Até a bola voltar a rolar na data programada – a se manter a “tradição” do futebol local a tabela tem boas chances de mudar – são aproximadamente 80 dias. Questionado se é a favor da volta dos jogos em campos do Mato Grosso do Sul na data definida em reunião nesta semana, a preocupação do médico-infectologista Rodrigo Nascimento Coelho vai além do protocolo de segurança que teoricamente a federação e os clubes pretendem adotar. Por telefone, na manhã de quinta-feira (3), afirmou que um dos receios na volta do futebol sul-mato-grossense é quanto a estrutura dos participantes. Argumenta que as dificuldades ...

Hoje, os Mamonas Assassinas tirariam de letra? Ou teriam as letras (a)tiradas?

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  Cara, lembro quando fui ao show do Mamonas Assassinas, aqui em Campo Grande. Era 1995. Um monte de pai e mãe com a criançada. Eu? Me senti um marmanjo com minhas 17 ou 18 primaveras, não lembro direito. Ginásio lotado, havia até uma faixa que separava os “jovens” das famílias. Dinho na linha de frente da banda que tinha bons instrumentistas. Samuel Reoli, no baixo, Sérgio Reoli, na bateria, Júlio Rasec, teclado, e Bento Hinoto na guitarra. O álbum que fez esse grupo de Guarulhos-SP entrar para história ao vender pelo menos três milhões do álbum homônimo completou 25 anos neste dois mil e vinte e lá vai pandemia. Daí, nesse gancho de um quarto de século, resolvi relembrar as músicas. Principalmente as letras. Aí é que o bicho pega. Antes, comentário aleatório: e pensar que a EMI foi a mesma gravadora de uns caras tipo Pink Floyd, Jimmy Hendrix. Doideira, né?! Eram outros tempos, com certeza. Se você escutar o Vira-Vira atentamente, vai se perguntar porquê cargas da ...

Dez anos é muito pouco

  Olha, relutei muito em escrever sobre isso. Por vários motivos. Um é porque é pesado, mesmo. Outro, que no jornalismo, o assunto pode parecer esgotado, vai fazer uma semana. Porém, sinto muito. Mesmo. “Ah, só por causa da repercussão que deu”. “Isso acontece toda hora e ninguém fala nada”. Pois, é. Tá certo. E, não, não está. Dez anos. Fala a real. Tente lembrar quando você tinha apenas uma década de vida. Eu, confesso, era garotão de tudo. Tinha meus amigos, fazia esporte, gostava de jogar bola, já gostava muito de ouvir um som. E, por aí vai. Sei, tem gente que, dizem, cresce mais rápido. “Namora”. Menina então, desenvolve rapidão. “Já saca as coisas mais rápido”. Que na maioria das vezes ela é mais esperta que a gente, é verdade. Que bom. Mas, muitas nessa idade só querem imaginar um mundo bom, com seu ursinho de pelúcia, bonecas. Massa também. Acho que estou por fora. Gurizada hoje com dez anos é wi-fi, fio. Filho, filha. Insta, YouTube, Tik Tok, jo...

Lives or let die (?)

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  Tudo porã* por aí? Bem Emmanuel Marinho... chegou a ver a live Mbae Porã, que rolou sexta passada (7). Feito muito na raça, teve umas partes bem bacanas, com Bro MC’s, dizem que a apresentação do Falange da Rima também foi da hora e tal. Vou deixar o link lá no fim se tiver a fim de dar uma olhada. Essa introdução bem cara de pau é só para dizer que nessa pandemia estamos em ritmo de (lá vem trocadilho infame) lives or let die – saca? Aquela música do Paul McCartney? Ow, gostei bastante da live do Milton Nascimento, da Elza Soares, do Skank acústico – aliás Samuel Rosa e cia daqui a pouco entram no Guiness Book com tanto show on line. A primeira que vi nesta quarentena foi da Delinha. Dia 1º de maio, parece que foi faz tempo. Mesmo com os depoimentos de gente meio nada a ver - mas “necessário” - foi emocionante. O link da parada também no fim do texto. Tiveram umas lives mais ou menos também. A do Erasmo Carlos foi complicada, não me parece muito bem de saúde. Do Skank no Minei...