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Negacionismo não tem ver com classe, tem a ver com caráter. O infectologista que falou

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  Aos 54 anos, o médico infectologista Rodrigo Nascimento Coelho já frequentou a DK há quase seis meses. Para jogar um balde de água fria na até então motivação dos “responsáveis” pelo futebol de Mato Grosso do Sul de voltar a ter público ainda em dezembro do ano passado. Se tiver a fim, depois clica no link que ficará lá em baixo. Atenção: se quiser, pode pular esta introdução - feita por este que escreve e usufrui o direito de ser o administrador deste espaço - e ir para o que interessa. Introdução Aliás, este post, com o título “Estrutura (?) dos times preocupa infectologista na volta do futebol em MS” foi o responsável pelo poderoso blog ter sido impedido de ser compartilhado no Facebook e Instagram. Não, até hoje não sei o motivo. Tio Zuckerberg deu perdido e me deixou sem satisfação. Nesta quinta-feira (25), liguei para o carioca, vascaíno e vacinado, que mora em Campo Grande. Até contei o imbróglio. Ele ficou surpreso, e, no fim das contas, até rimos do oco...

Um folclore nada invisível na entrevista com Andriolli Costa

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  Atenção: se quiser, pode pular a Introdução emocional rococó - feita por este que escreve e usufrui o direito de ser o administrador deste espaço - e ir para o Vamos ao que interessa. Introdução Cara, sou desses que tem orgulho de ter uns conhecidos importantes. Meio besta, isso, mas fazer o quê, né?! Por exemplo, neste modesto bloguinho já passaram Afonso Benites e Marcelo Resende na receita Lives or let Die (link lá no fim). Agora, na cara de pau mesmo, aproveito a onda da Cidade Invisível para dizer que trabalhei no mesmo ambiente do Andriolli Costa. Sério, não é folclore. Foi em Campo Grande, faz um tempaço, curtíssima temporada na redação do jornal O Estado MS – eu ainda sigo por lá depois de um ano fora. E já se vão dez anos, disso eu não sabia certinho. Agora, Andriolli, tem currículo monstro. Dá aula, faz podcast, é professor, doutorado e uma pá de coisa. Na minha condição de leigo, considero ele como um das pessoas que mais manjam de folclore neste país tup...

Isso aqui tá pior do que o Bloco do Eu Sozinho

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  Olha, eu gosto de Carnaval. Minha filhota gosta mais. A patroa aqui de casa mais ainda. Meu filho, não. Nos últimos dez, dezesseis anos, viajamos, levamos banho de espuma em clube, curti na rua com uma breja na mão, até em bar de rock pulamos. Aqui em Campão rolava uns Carnarock. Uma vez, no extinto Barfly, assisti a inesquecível apresentação do Sistema Feudal. Os garotos mandavam vários covers porrada, e o que ficou até hoje na memória foi mesmo a genial ideia do trocadilho com o System of a Down. Demais. Mas, meu, neste 2021 estão carnavalizando demais. No sentido menos folia da história. Aumentar horário de funcionamento de bares, abrir salão até certa hora da noite, incentivar pessoal a viajar como se o pior já passou. Ah, mas tudo sob o tal “protocolo de biossegurança”. Cara, essas tais medidas de segurança estão a serem “respeitadas” desde o começo da pandemia. E, só se incorporar a fantasia de palhaço para não ver a serpentina que a curva de casos e mortes t...

Para pegar leve: peixinho de 3 cm, Crônicas de Tóquio, mundo em duas direções

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O agora grande conhecido Leptopanchax opalescens UFRJ/Divulgação Opa, e aí, tudo bem?!  Desta vez, inverti a ordem normal da receita. Mera coincidência, mais ou menos como aconteceu com o primeiro post do mês passado – também conhecido como janeiro. Deixarei as coisas mais pesadas para o fim. Então, vamos lá. Doses fugazes e que não estão em ordem de importância. Cara, esses dias estava a ler uma coluna do Antonio Prata, na Folha de São Paulo, em que escreve: “Pensei que boas notícias estivessem extintas, assim como um peixinho de 3 cm”. O escritor se refere a uma notícia escrita por Marcos Candido em que pesquisadores encontraram um peixe de menos de 300 milímetros. Que se reproduz somente em poças da água. Prata teve a sapiência de apontar isso: “Parece ficção, né? Nesta altura do murundu mundial e nacional, no falido estado do Rio de Janeiro, uma empresa cumpriu uma exigência da secretaria estadual ambiental?! E contratou biólogos de uma universidade pública?! E não subornou os...

Se você acha que está ruim, na verdade está pior

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  Lembrei de uma história de um jornalista famoso, não vou dizer o nome pois vai que eu erro, que então editor-chefe, revelou que no começo do dia falava com sua equipe: “olha isso é uma coisa boa, vamos dar isso na edição”. Porém, com o passar das horas a quantidade de notícias tristemente importantes invadia a pauta e os assuntos “positivos” perdiam o espaço, o que gerava certo desalento. Porém, como dizem, jornalismo é noticiar o que não querem que seja explicitado. O resto é assessoria. Talvez seja rígida demais essa régua. Um pouco de luz, uma reportagem para cima, motivadora, até que não faria mal, talvez... Entretanto, sem exagero, está quase impossível você manter o bom humor durante umas horas, que seja. Sei lá, você até tenta, acorda com esperança de que será legal. Menos pesado, mesmo nesta pandemia que nos fecha. “Vamos lá, vai dar tudo certo”. Até a hora de quem deveria cuidar das milhões de pessoas deste país, que também é o seu, abre a boca. Ou, usa a caneta. E...

A endemia ‘levar vantagem em tudo’ reaparece com força

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Hoje em dia é muito difícil se ufanar em terras tupiniquins. Muito, mesmo. Já afanar...reapareceu com força neste janeiro de 2021. A alegria quase que forçada com a vinda das primeiras doses anti-Covid – sim, a coisa tá tão drama que até sem querer muita gente se esforça para parecer feliz e “esquece” que somos top-2 no número de mortes do mundo – contrasta com a realidade. A primeira é a de que ainda falta muito para uma campanha para valer. Desde insumos até imunizantes comprados. Depois de passar vergonha, movido à sua tradicional vazia verborragia, o governo federal teve de se ajoelhar para, vejam só, chineses. E, indianos. Pergunto porque não ofereceu um escambo: cloroquina-tratamento precoce por umas cem doses. Ou, sei lá, promoção, leva cloroquina/ivermectina por um frasco de Coronavac. Acho que ficou longe de ser um negócio da China. Seja como for, desde o dia da primeira vacinada, a enfermeira merecidamente em São Paulo, no dia 17 (irônica coincidência a data, não?!), pensei...

Aquela hora que você puxa o ar e ele não vem

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Manaus tem aproximadamente 2,2 milhões de habitantes. E este vai ser um dos poucos números que citarei neste humilde texto. Cansado de ouvir estatísticas. Nesta quinta-feira (14), uma das cidades certamente com potencial de ser das melhores do país – a imagem aí é do Teatro Amazonas, que já recebeu gente do quilate de Jack White e, dizem, motivou Luciano Pavarotti a fazer uma visita relâmpago - quiçá do mundo, virou notícia. Não pelo desmatamento, queimadas, estes já manjados por tudo quanto é cálculo. Faltam tubos de oxigênio nos hospitais para atender pacientes com Covid-19. Desculpe o trocadilho, mas Amazonas virou Umazona. Anunciada. “Acabou o oxigênio e os hospitais viraram câmaras de asfixia”, diz o pesquisador Jesem Orellana. “Os pacientes que conseguirem sobreviver, além de tudo, devem ficar com sequelas cerebrais permanentes.” - Trecho retirado desse link:  https://jornaldebrasilia.com.br/brasil/oxigenio-acaba-em-hospitais-de-manaus-sob-explosao-de-casos-de-cov...