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A mostrar mensagens de novembro, 2020

Maradona virou deus porque foi muito humano

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  A primeira lembrança mais forte que tenho de Dom Diego é 1986. Copa do Mundo do México, eu então com oito anos. O mesmo mundial em que rezei para a seleção brasileira na hora dos pênaltis com a França. Me deliciei a ver o camisa dez a desfilar naquele torneio que terminou em um passe magistral para que a Argentina derrotasse com gol de Burruchaga a Alemanha na final. Quatro anos depois, deu o gol para que o Caniggia eliminasse o Brasil na Itália. Cá para nós, a equipe canarinho era muito mal treinada por Lazaroni. Então, sem ressentimentos da minha parte. E, pensar que hoje em dia, a seleção da CBF, de Tite e companhia parece ser muito mais um fardo. Conversa para outra hora. Confesso, teve época em que achei o craque nascido em Lanús uma mala. De mal com a vida, mau perdedor talvez. Antes, me fez gostar de futebol italiano sobretudo o Napoli. Onde teve como parceiro outro craque de bola: Careca. Quando encerrou a carreira de jogador, comecei a entender a admiração quase autofágica

Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

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  Sabe, mudar de opinião – também conhecido como dar o braço a torcer - é difícil. A gente adquire uns pré-conceitos e/ou umas ideias brotadas a partir do que conversamos ou lemos ou vimos. Sentimos. Em tempos de bolhas, então, a coisa “eu estou certo e você não entende de nada” acelera. Vai ter sempre pelo menos um texto ou vídeo escondido ou nem tanto na internet para corroborar sua visão. Porém, reconhecer que as coisas não são bem assim faz parte. E, deveria fazer mais. Eis três experiências pessoais. O primeiro, que o time do Flamengo hoje não é o melhor do Brasil. Sem uns três, quatro peças-chaves, a equipe está longe de ser o que habita a mente dos especialistas que vem o elenco como “disparado, o melhor do país”. Vai ter de remar muito,corrigir muita coisa, independente do técnico. Bom, melhor passar para a próxima, rapidinho. Segundo, certa vez assisti a uma produção sobre minimalismo. É de 2017, se não me engano. E, achei superinteressante. Gente que carrega po

Sei, tá osso. Porém, votar é preciso

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Você sabia que as primeiras votações no Brasil foram ainda na época colonial, em 1532? E, para presidente, foi só perto dos anos 1900? E, que no começo, só podia votar homens e que tinham uma grana considerável? E, que a mulher só ganhou direito de votar em 1932? Salto para os dias de hoje e viu o que aconteceu nos Estados Unidos? Acho que valeu muito a pena as campanhas de incentivo à votação por lá. Aprendeu e/ou se arrependeu quem deixou de votar em 2016. Sei, o cenário não é lá animador. Tem a COVID, a crença muitas vezes indefensável de que “todo político é igual”, e todas aquelas expressões lugares comum que habitam no imaginário coletivo brasileiro. Porém, votar é preciso. Muito. Se não tem nada aí que o agrade, vote no que ache menos pior. Ou vai de branco ou nulo, sei lá, para protestar. Seja para prefeito ou para vereador. Ah, e o direito de se arrepender também. Depois, fique de olho em quem foi eleito, mesmo que não seja o candidato no qual você apertou o Confi

Eleição no país dos outros é refresco

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  Cobertura para eleição de presidente que não seja a do Brasil é uma coisa Dancin Days. Solte suas feras, caia na gandaia, porque qualquer coisas está longe daqui mesmo (?!). Olha só o exemplo – e que exemplo – mais recente. A do United States of America. “Decisão emocionante”. “Momentos de tensão”. Tenho minhas dúvidas se são termos apropriados. A capacidade de muitos para transformar as coisas em novelas, peças de ficção, é incrível. Quando escuto isso da boca dos especialistas penso: “What?”. Gente, achei que, neste caso, a situação envolve só a nação mais influente do Ocidente. Deve ser meus cabelos brancos. Hora de brincar (?), vale um meme, uma tirada, mas em programa, jornais, sites jornalísticos sei lá… parece querer tirar o tão quão sério são esses dias. Por outro lado, e já vem de outros quadriênios, interessante é chamar abertamente um lado de candidato conservador, o outro liberal, até comunista, quando há. O cenário muda quando olhamos para o próprio umbigo, a nossa zo