Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sabe, mudar de opinião – também conhecido como dar o braço a torcer - é difícil. A gente adquire uns pré-conceitos e/ou umas ideias brotadas a partir do que conversamos ou lemos ou vimos. Sentimos.
Em tempos de bolhas, então, a coisa “eu estou certo e você não entende de nada” acelera. Vai ter sempre pelo menos um texto ou vídeo escondido ou nem tanto na internet para corroborar sua visão. Porém, reconhecer que as coisas não são bem assim faz parte. E, deveria fazer mais.
Eis três experiências pessoais.
O primeiro, que o time do Flamengo hoje não é o melhor do Brasil. Sem uns três, quatro peças-chaves, a equipe está longe de ser o que habita a mente dos especialistas que vem o elenco como “disparado, o melhor do país”. Vai ter de remar muito,corrigir muita coisa, independente do técnico. Bom, melhor passar para a próxima, rapidinho.
Segundo, certa vez assisti a uma produção sobre minimalismo. É de 2017, se não me engano. E, achei superinteressante. Gente que carrega pouca coisa, é desprendida de lances materiais. Até me identifiquei um pouco. Já fui devorador de fitas k7, lps, cds. Só que, sei lá, há uns vinte anos quase nem compro roupas. Enfim, o vídeo em si é esse Minimalismo: Um documentário sobre as coisas importantes.
Porém, esta semana li um artigo de um caboclo na newsletter da Gama. Leandro Sarmatz, colunista, escreveu um texto Minimalismo é Opressão. “Para os super-ricos das big techs, escolher a roupa do dia é para losers. Mas para combater as passadas de perna da vida, gosto de imaginar que cada dia pode ser diferente. Daí a utilidade da roupa”
Achei
bem interessante. Vai pelo menos me motivar a saber mais sobre esse
estilo. Nos mínimos detalhes, talvez. De todo modo, viva a
divergência sadia, sem violência, seja verbal ou física. Não fez
eu sair desbragadamente às compras para incrementar meu
guarda-roupa, mas me ajuda a tentar compreender os que gostam de ter
um leque de opções. Seja com vestuário ou outros bens. Ou maus.
Se tiver interesse, em dar uma lida, o link está sobre a imagem
Terceiro e, talvez o mais importante, desde quando eu li, achei o máximo o livro Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. Publicado pela primeira vez em 2009. por Leandro Narloch. Conseguia ser divertido e informativo. Sério, acreditei e muito até há pouquíssimo tempo.
Foi aí que vi essa semana esse vídeo do bom canal Meteoro Brasil
Tudo bem, pode dizer “sério que você não sabia quem tinha escrito isso?”.
“O livro é considerado como pseudo-histórico e negacionista,apresentando uma visão conservadora da história do Brasil.Afirma que Santos Dumont não foi o inventor do avião, que Zumbi dos Palmares tinha escravos, que os portugueses ensinaram os índios brasileiros a preservar as florestas, dentre outras distorções.” - Isso tirei da Wikipédia.
Pois é, na minha teimosia ainda não sei se deletaria 100% do que eu li no livro. Mas, já não meto a minha mão no fogo nem por 1 por cento. E, pode crer, visto agora com mais frieza, é difícil dizer que acreditei em tanta bobagem que vem desta “obra”. Mas, reconheço.
Essas modestas reflexões servem para um bem maior. Creio. Que foram as eleições. Em boa parte do país, muitos mudaram de ideia em relação ao que votaram em 2018. Ainda bem. Que bom que o voto é secreto. Tiozinho pode ficar na miúda, arrependido e apertar o botão em quem quiser. E, sem essa fake news de fraude eleitoral.
Sinal de que tiveram coragem ou maturidade, ou os dois, para rever conceitos. Calma, sou um idealista, mas sei que a humanidade tem em sua maioria cabeça dura. Também sem pender para o estilo “vai com os outros”. Todavia, reciclar as ideias geralmente é salutar. Muito.
Dicas para (não) desopilar
Desta vez, vou direto e reto. É a correria, foi mal, mas segue aí.
- Eleições – Já deve estar cansado de análise e tal, então de muito o que li e vi, este aqui, do Ponto de Partida, do Meio, foi um dos mais legais.
- Siga a grana – Greg News, começa com o pessoal que desmonatizou uma pá de gente inadequada até chegar na conexão entre desmatamento/incêndio na Amazônia e a bancada do Agro não é tão pop assim. Dá uma olhada aí
- E, o Pantanal, hein?! É fogo… Dá uma chance a esse projeto de podcasts para tirar dúvidas sobre incêndios no Pantanal. Clica aí na imagem para acessar o link do pessoal
Menção honrosa
A todos os afro-brasileiros. Que tem muito para o quê lutar. Infelizmente e tristemente. Só para ter uma ideia, aqui em Campo Grande, 20 de dezembro nem feriado é no Dia da Consciência Negra. Vai aí uma singela lembrança/homenagem de um cara que acho que é o maior hoje da música nacional, quiçá, da cultura também.
Abraço, se cuide. E siga a usar máscara.
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