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A mostrar mensagens de junho, 2022

Sentimento de pertencimento é do bem. Mas, tá mal

Nesta quinta-feira, acordei e sei lá porquê resolvi assistir alguma coisa enquanto aprumava o café, antes de ir para o trampo. Talvez coisas que se faz quando se está só. Daí que deparei com o Mundial de Esportes Aquáticos e sua maratona de 25 km em seus finalmente. Sabia do Mundial, desconhecia a prova de tamanho percurso feito no braço. A soteropolitana – poderia usar brasileira, baiana, mas é que soteropolitana (o) soa tão legal, diferente - Ana Marcela Cunha ganhou no limite. Já publiquei em minhas redes o quanto eu achei bacana a entrevista (se tiver sem paciência o trecho a qual refiro é a partir do minuto 9:20) da agora pentacampeã mundial dada do baita repórter Marcelo Courrege – parece saber todos os idiomas na ponta da língua. Isso é das coisas que me conforta gostar tanto de esporte. Quando se aprende mais do que a modalidade, o título. Coisas para levar contigo, em sua vida. O fato dela lembrar de uma pá de gente em seus agradecimentos. Desde o piscineiro até porteiro, “nã

O ativismo do atraso também dá voto

    E aí, beleza?! Foi mal, sem dica da vez. Hoje, o papo é para ficar mais entre nós, mesmo. Tropecei na frase do título quando lia um texto de Maria Paula Dallari Bucci, na Folha de S. Paulo, do dia 5 de junho. Nele, a professora da Faculdade de Direito da USP – sério, não sabia que ela teve passagem no Ministério da Educação do governo Lula – aborda principalmente o que está em jogo na eleição deste ano quando o assunto é ensino. Se você conseguir ter acesso ao que ela escreveu, vale muito a pena. Só que por aqui, neste famigerado post do nosso bloguinho, a frase “O ativismo do atraso também dá voto” ganha um significado muito mais amplo. Triste. Não estar nem aí para mortes de quem defende a natureza, ao mandar o crássico “também, quem mandou estar lá”, é de matar. Ou, morrer. Relegar os povos originários a segundo, terceiro plano, é coisa desumana. Eles ajudaram pacas e foram fundamentais para encontrar Dom Phillips e Bruno Pereira. Nem um obrigado mereceram das autoridades. Que,

Melancolicamente som, o segundo do Portishead faz 25 anos

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  Olha, é difícil definir o estilo de som do Portishead. A voz de Beth Gibbons é singular, de repente te leva a uma viagem interior. Em mais um aproveitamento de ano redondo (ou não), a dica é o álbum homônimo desse pessoal. O segundo, lançado em 1997, bodas de prata para o disco de 11 músicas. Muitas delas, boas para estes dias frios, ou que você tá meio assim, sabe, ao léu, ou a fim de ficar na sua. Enfim, pular carnaval ou agitar reunião de amigos pode ser meio complicado. Este disco saiu depois de três anos do primeiro trabalho do grupo, que ainda conta com Geoff Barrow, bateria, samples e adjacências, e Adrian Utley, nas cordas, o Dummy, de 1994, bom pacas. E antecedeu o Third, o terceiro disco feito em estúdio que saiu só em 2008. Então, para muitos, o álbum homônimo ficou meio ofuscado por causa do antes e o do depois. É, decidi por o “muita gente” após ver que só no Spotify, a banda tem dois milhões de ouvintes mensais. E eu achando que quase ninguém conhecia o grupo que ano

A dica da vez é Jogo do Bicho na cabeça

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  Quer saber pelo menos um pouco do que o Brasil virou, vai virar, ou tá virando, a depender do seu ponto de vista? Lei da Selva – A História do Jogo do Bicho te dá um Rio de pistas. Com direção de Pedro Asbeg, assisti pelo Canal Brasil, tem no Now (da Claro TV), mas tem também na Globoplay . O documentário tem quatro episódios e narração de Marcelo Adnet. Um aviso: se aparecer alguns trocadilhos perdidos por aí, foi mal. É que é difícil tratar de Jogo do Bicho sem uma certa dose de, sei lá, não achei a palavra certa. Vai assim mesmo, deve ser um sinal de sorte. Outro aviso: Creio que nem precisava, mas vai lá: quem apoia esse desgoverno federal, melhor parar por aqui. Posto isso, comecei a assistir Lei da Selva já consciente de suas boas credenciais. Embora, sem ler nada mais aprofundado sobre o documentário calcado em muita informação, muito jornalista bom, muita gente boa. Pô, só de ter o Luiz Antônio Simas já é um peso e tanto. Tem carnavalesco, vendedor, policial civil aposentado,

Nada como um Dia após o Outro Dia chegará aos 20 anos Vivão e Vivendo

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  Olha, 2002 foi um ano emocionante. Aconteceu muita coisa. Em vários campos. Até então, “Nada Como um Dia após o Outro Dia” era uma expressão com vários significados. Entre eles, uma deixa para a fatídica resposta/complemento, “e uma noite no meio”. Daí veio um do melhores álbuns da música brasileira de todos os tempos e carimbou a frase para sempre na história da música, do Brasil. Outubro de 2002.  Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue, e KL Jay enfim encerraram cinco anos de “silêncio” desde o Sobrevivendo no Inferno, de 1997. Este tão ou mais fundamental, rende uma discussão bacana e sem estresse. Desde a capa estilosa, até a ousadia, o chegar chegando deste trabalho de 21 faixas – o terceiro álbum de estúdio do grupo - quase duas horas de som, letras, diálogos, crônicas da periferia urbana brasileira, prensadas em dois volumes. Como se fosse um recado, mostrar que o rap nacional alcançara um patamar que ninguém vai tirar. Na época, o CD duplo dos caras vivia no modo repeat no fone de ou