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A mostrar mensagens de abril, 2022

Deixe O Tigre Branco te guiar. Ou, não.

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  Em tempos de dia do Trabalho, ou do Trabalhador, como achar melhor, a dica é O Tigre Branco. Sei, de repente tem pouco a ver. É que, esta produção da Netflix diz muito sobre como é difícil “subir na vida”. Na Índia, na maioria dos lugares. Pois, é, faz tempo que tava na minha lista, e fui ver só agora. Bem bacana. Desconcertante, às vezes. Já assistiu Quem Quer ser Um Milionário , né? Aquele longa bem legal do diretor Danny Boyle, de 2008. Então, The White Tiger em uma fração de segundos dá uma alfinetadinha nele. E em vários minutos de suas duas horas de duração, espeta a sociedade indiana. E várias outras. Do diretor Ramin Bahrani, baseado em livro de Aravind Adiga, concorreu ao Oscar de melhor roteiro adaptado 2021 e perdeu para O Pai . O filme drama e ação tem como linha principal a história de Balram Halwai, um cara que nasceu nos cafundós da Índia, povoado de Laxmangarh, de uma família diria, no mínimo, complicada, de pai explorado, avó megera, e sem muitas perspectivas na vi

Piedade. É a dica

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  Fernanda Montenegro, Matheus Nachtergaele, Irandhir Santos, Cauã Reymond… A dica da vez tem esse povo. Tem trilha sonora assinada por Jorge Du Peixe – do Nação Zumbi, música do Lirinha (do Cordel do Fogo Encantado). E, direção de Cláudio Assis. Piedade. Só vi o filme no fim do ano passado, eu acho. Ou começo deste ano. Foi antes do Carnaval - o de fevereiro. Ia passar em um canal por assinatura -sério, não lembro qual – e vi lá esse povo todo nas informações e resolvi gravar. Muito bom. Longe de ser um desperdício de talentos. Além da lenda muito viva Fernanda Montenegro (dá para cravar como a maior atriz brasileira de todos os tempos), os demais citados no começo do texto estão bem também. Bora lá, se você não assistiu, o filme gira em torno da ficcional Piedade, uma pequena cidade que vira alvo de interesse de uma petroleira, a Petrogreen. Especificamente em uma região onde mora um povoado de pescadores e tal, aonde encontra-se o bar Paraíso do Mar, na praia da Saudade.  O local é

Há 40 anos, ganhava forma o Public Enemy. O resto é história

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  E eis que o Public Enemy faz 40 anos neste 2022. Sem dúvida, um dos maiores nomes do rap da história. É… faça a coisa certa e dê uma escutada. Se já conhece, vale a pena dar um remember. Não lembro exatamente a primeira vez que tive contato com o som de Chuck D, Flavor Flav, com Terminator X nas picapes. Uma coisa, eu sei, lá pelos 11, 12 anos, comprei a fitinha K7 do icônico álbum It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back, de 1988.  Caraca, se Run DMC ficou conhecidão mundo afora pela parceria com o Aerosmith que resultou em Walk This Way , esse trampo do Public Enemy fez o então garoto que gosta bastante de rap e rock arrepiar com os samplers movidos a batidas e riffs (Slayer pacas) provocados pelo produtor Rick Rubin – figurinha carimbada no metal e afins. Outra hora falaremos mais desse álbum. Os novaiorquinos de Staten Island – aliás, essa região também faz parte da área de outro nome forte do hip-hop, o Wu-Tang-Clan – tem muito som bom. Em 1989, os caras se tornaram Public

Ninguém Sabe Que Estou Aqui é um belo achado

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A dica da vez é mais uma daquelas que muitos já assistiram. E eu, só agora. Ninguém Sabe Que Estou Aqui. Ou, em espanhol, Nadie Sabe Que Estoy Aquí. Lançado em 2020, do diretor Gaspar Antillo, é o primeiro filme chileno com o carimbo da Netflix . Cara, não parece, mas o longa metragem é intenso. Antes, bora lá para um pequeno resumo, pois o medo de sempre de dar algum spoiler me impede preguiçosamente de ater em muitos detalhes. A história trata de um jovem gurizão que vive com o tio, quase como um ermitão em uma pequena ilha no Chile, a cuidar de suas ovelhinhas. Quando garoto – nessa fase, o personagem é encenado por Lukas Vergara - ele queria ser cantor, mas, viu sua voz ser emprestada para um rosto mais bonito. Ou seja, o dublador levou todas as honras. Essas coisas sempre me lembram o caso do Milli Vanilli , lá no fim da década de 80 para começo dos 90. E o seu indefectível hit Girl you know it's true. Se você tem mais de trinta, com certeza, escutou. Saca, aquelas situações q

O primeiro álbum do Rage Against The Machine faz 30 anos e segue porrada

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  O primeiro álbum do Rage Against The Machine faz 30 anos e segue porrada Passo aqui para lembrar que um dos melhores álbuns de porrada/protesto que já escutei completa 30 anos. Pois, é, em 1992, saiu o primeiro petardo do Rage Against The Machine. Liderados por Tom Morello, na guitarra, e Zack de la Rocha, no vocal, somados à batera de Brad Wilk e o baixo de Tom Commerford, são dez faixas para você se sacudir do marasmo. Nestas três décadas muita coisa mudou. Ou, não. No caso da banda californiana, houve até uma época em que a banda acabou. De 200 0 a 2007, Zack e Tom Morello não estavam a se entender muito bem. Bom que voltaram. Volto ao álbum que já mostra a que veio logo pela capa. Ela   representa um monge Budista do Vietnã, que se imolou até à morte em Saigon em 1963. Ele protestava contra a opressão que os budistas sofriam no país. A fotografia original, de Malcolm Browne, ganhou o Prêmio Pulitzer de Fotografia e o World Press Photo de 1962. O som calcado no rap e no hardcore