Dois mil e vinte: O ano em que a educação do Brasil não passou. E nem vai passar
Foi mal, aí, pela demora. Me enrolei no meu trabalho de ‘fato’, daí juntou um monte de coisa e não rolou soltar nada na sexta-feira.
Iria escrever a respeito dessa verdadeira bagunça por qual anda o ensino em nível Ministério da Educação. Depois discorrer sobre a crônica incapacidade dos gestores públicos em geral e também os da rede privada em lidar com a situação pandêmica.
Uma semana, autoriza alunos a voltarem. No outro dia, muda de ideia. Planejamento que é bom...nota cinco para baixo. Vide o amadorismo no trato com as instituições federais. E, lá vem o Enem. Sei lá, posso parecer radical, mas nem deveria ter este ano. Uma disputa muito, muito desigual… Quem sabe, conversa pra outra hora.
Nunca o tradicional “empurrar com a barriga” brasileiro foi exposto de maneira tão trágica como agora. Antes era até simpático, um caldo da cultura e dos costumes deste país varonil. Hoje, a COVID-19 mostra que a brincadeira, o não levar nada muito a sério em várias ocasiões deixa mortos e muito, muito choro pelo caminho.
Mais três meses e estaremos novamente em março de 2021. E, o que resta é a chegada do milagre imunizante. Medo. Até lá e depois, também. Pessoal da gripezinha já deve estar em busca de uma vacina verbal – falsa, é claro - para sair por cima no estilo… nem sei o que pode passar na cabeça destes.
Os humildes da linha de frente, alijados dos planos de saúde e ao deus dará nos postos de saúde diante dos também cansados enfermeiros e atendentes, será que serão os primeiros a serem agraciados? Quero acreditar que sim. Porém, não meto nem o dedo mindinho no fogo.
Enquanto isso, a sala de aula. Em geral, o depósito de crianças de quem não tem paciência, estrutura e, claro, os que não tem com quem deixar o rebento enquanto vai se expor ao COVID. Professores, coordenadores com medo de serem atingidos pelo facada real do desemprego, do vírus. Muitos instruídos a passar o recado de que, “é tudo seguro, pode trazer seu filho”.
Sugestão: o diretor e ou o dono, o prefeito, o governador, o presidente, o apoiador do presencial, senta em uma cadeira velha, passe a hora e meia, as duas horas – já que uma entre tantas “brilhantes soluções” é não ter recreio para que fiquem menos tempo no mesmo lugar - no local de ensino por duas semanas.
Talvez nem infectado fique. Que bom. Porém, se tiver a sensibilidade necessária de quem tem de importar com aqueles que nem tem idade para assimilar o que se passa nestes dias coronados, vai reparar muito mais coisas do que somente fazer com que a criançada, a juventude use máscaras e, pasmem, não cheguem muito perto uma das outras.
Ah, não vale ir em escola cuja mensalidade é o valor do auxilio emergencial de R$ 600 para cima. Ou, está bem, pode ser em uma que esteja em região afetada pela COVID (vá lá, finja que acredita nos casos notificados), e que a mensalidade não ultrapasse a metade de um salário mínimo.
Boa aula, se puder. Melhor seria, boas férias e se cuide molecada, que, enfim, vamos estudar estas matérias para valer e 2021 a gente entra vacinado (com e sem trocadilho).
Sonhei, né?! Na real, muitos terão de aprender as lições na marra. Como sempre, com e sem vírus.
Dicas para (não) desopilar
- Mais um aniversário do trágico acidente da Chape. Lembrar é homenagear.
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Abraço, se cuide. De máscaras, por favor.
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