Sugestão clima fim de ano: Descasque a Boneca Russa

 

Quem já viu pelo menos uma temporada ou uns dois três episódios de Orange is The New Black, sabe do que a voz rouca/inconfundível de Natasha Lyonne é capaz. Mexe com os sentimentos que vão desde o sarcasmo até a incompreensão.

Foi ela que me fez pacientemente assistir a conta-gotas Boneca Russa, ou Russian Doll. Da Netflix, dizem que terá mais uma temporada, mas sei lá se precisa. É bem bacana que a preocupação é cagarem tudo com continuação. Óbvio, se tiver, assistirei.

Esta nova-iorquina de 41 anos também é uma das responsáveis pela criação da Boneca Russa. Basicamente, o lance do filme é que ela morre uma vez. E, no capítulo seguinte, morre de novo. E, outra vez e por aí vai. Sempre volta ao mesmo banheiro em que rola sua festa de aniversário.

Daí ela tenta não morrer. E você pensa que a graça da história está nisso. Previsivelmente um gato e rato para driblar a morte. São oito episódios, pá pum. Natasha, no papel de Nadia, segura bem a série. Que conta mais tarde com outro ator (que também aparece em alguma parte do Orange) – Charlie Barnett na pele do Alan - que tromba na vida dela e sofre do mesmo mal. Morre, morre, e aparece no outro dia vivo da silva em um...banheiro.

Depois que vi o derradeiro episódio, pensei o motivo do título Russian Doll. Talvez, seja porque a cada situação, rola um destrinchamento de Nadia. Sua vida pessoal, seus dramas e tal. Ah, tem um elenco de apoio bem legal também, e do meio para frente, aparece outra atriz – Dascha Polanco, a Daynara Diaz - que mandou muito bem no Orange.

Pelo que entendi, ou pelo menos penso que compreendi, a trama toda vem bem a calhar com espírito de fim de ano. Por mais que este 2020 seja bem fora de qualquer padrão. Aquelas coisas de olhar para dentro, curar feridas, perdoar e, na medida do possível, rir da desgraça.

Se você já viu, me diga se concorda ou o que tirou dessas cascas de boneca russa. E, nem vou dizer mais nada, de repente já dei spoiler demais. Mas, vale a pena, perto de muitas produções é uma coisa compacta, e, nada muito pesado. E, tem Natasha Lyonne, só por isso merece uma chance. Ou morra de curiosidade, sei lá.


Mais dicas para (não) desopilar

- Para a arte do Eduardo Kobra 

Que desta vez se aventurou no lugar conhecido por seus moradores como ‘Bom mesmo é Coxim’. Na cidade sul-mato-grossense, o muralista pintou em homenagem a Zacarias Mourão e seu pé de cedro. Quando você ler isto, provavelmente a obra já está pronta. Então, recomendo dar uma pesquisada básica e que, certamente, achará.

Em tempo: se der certo, ele vai responder a algumas perguntas deste esforçado blogue. Se rolar, certeza, vai pintar por aqui.



- Arctic Monkeys Live At The Royal Albert Hall 

Showzão com vinte músicas de Alex Turner e companhia. Quem é fã pacas, como a patroa aqui de casa, vai adorar. 

No Spotify, o link é este https://open.spotify.com/album/7Heaa0B4KOxdWhSICTR2wE?si=V6Xtl5P3RnqbD8zPGcsEEQ

- Jamil Chade 

Sempre certeiro Leitura bastante recomendada sobre vacinas e tal. "A equação é clara: o risco é coletivo. Se uma aposta numa vacina não funcionar, a empresa tem a segurança de ser resgatada por dinheiro público. Mas, em caso de vitória, a patente é sua recompensa e o lucro, obviamente, é privado"

Leia o textaço a seguir neste link https://brasil.elpais.com/opiniao/2020-12-08/as-veias-abertas-do-mundo.html#?sma=newsletter_brasil_diaria20201209


Menção nada honrosa

- Racismo em jogo da Uefa Champions League

 Nada mais curioso que o alvo seja um negro de um time da Turquia – país ‘governado’ por um conservador (Erdogan) e o local seja Paris (sempre iluminada) com Neymar, Mbappé e tudo o mais. Ah, de quebra, o quarto árbitro que mandou um “aquele negro ali” seja romeno, nação que sofreu uma das mais sagrentas governanças autoritárias nas mãos de Ceausescu.

- Jorge Jesus

Pô, Mister, como assim “esse negócio de ser contra o racismo está na moda”? Logo agora, que Portugal – de gestão mais para a esquerda do que à direita – virou o berço dos brasileiros “descolados”. E, nem tanto.

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