Mais de 400 médicos mortos por COVID no Brasil. E aí, doutor?


A morte de médicos na linha de frente da COVID vai além da tristeza pela perda. O não-posicionamento da classe, que tem muito peso na sociedade, perante a falta de organização dos governos - principalmente a federal – é tão triste quanto. 

Ainda no fim do ano de 2020, ouvi de um conhecido que tem amigos médicos que não levavam  a sério a pandemia. “Ele (o médico) é meu amigo e disse: eu quero pegar essa COVID. Tô louco para pegar, mas não consigo, Falou o doutor”, quase em tom de brincadeira, ironia.
Não aguentei e respondi: Diga a esse seu amigo falar isso para cada uma das famílias dos cinco médicos que morreram (naquela época) em Campo Grande.Fui deselegante, reconheço, mas tem hora que não dá. 

No começo do surgimento dos casos, no primeiro semestre de 2020, gente que conheço, que foi infectado e que trabalha na rede pública de saúde da capital sul-mato-grossense enfatizou que era uma “gripinha”. “Dá nada não, Kishô!”. Torço muito para que tenham mudado de opinião. E, mais ainda para que não tenha acontecido o pior para rever suas conclusões.

Culpar somente a população que não fica em casa e/ou se aglomera e ficar quieto quando autoridades provocam aglomeração e dão declarações infelizes, no mínimo, é um atestado de confiança aos (ir)responsáveis que estão no poder. E, que tem ferramentas práticas para ajudar a aumentar o distanciamento social, entre tantas medidas práticas para pelo menos desafogar as UTIs.

Em tempo, não tirei as cinco mortes aleatoriamente. Foi do site do
Conselho Federal de Medicina – Saibam quem São os Médicos que nos deixaram durante a pandemia da COVID-19, até o mês de dezembro de 2020. 


O link é este https://memorial.cfm.org.br/

É isso, espero que tenham gostado. Qualquer coisa, curte, compartilhe, diga o que achou. E, se quiser apoiar de alguma forma o Drugstore Kishô, agradeço.

Abraço e se cuide


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