Nunca fui muito fã da ideia de que...

 

Nunca fui muito fã da ideia de que o brasileiro é um povo alegre. Talvez seja, ou foi. Hoje…

Nunca fui muito fã da ideia de que o brasileiro só é solidário na hora da morte. Talvez seja, ou foi. Hoje…

Nunca fui muito fã da ideia de que só com trabalho, qualquer um pode se dar bem na vida. Talvez se todos tivessem as mesmas condições desde o berço, frequentassem as mesmas escolas, sem o risco de passar fome, o mesmo acesso a saúde… Talvez seja, jamais foi.

Nunca fui muito fã da ideia de que bandido bom é bandido morto. Se bandido foi desde um conhecido seu, alguém da sua família, que cometeu um erro e, mesmo arrependido, você deseja que ele leve bala...talvez seja do seu agrado. Porém, jamais será a minha opinião.

Nunca fui muito fã da ideia de achar graça em quem fura fila, dá um jeitinho, “passa a perna” no otário, no Lineu, na dona humilde, honesta. Confesso, já fui desta plateia, há muito deixei de ser. Passei para o outro lado. Talvez seja engraçado para você ver o outro se ferrar. Ou foi.

Nunca fui muito fã da ideia de andar armado. Tenho amigos que morreram por motivos besta. Ficção é uma coisa, fingir ser durão na vida real é outra. Talvez seja para sua segurança. Aponte para longe, por precaução.

Nunca fui muito fã de fé demais. Cega. Manipula. Engana. Deixa os pobres mais pobres, e a causa mais rica. Talvez seja bom rezar. Ou já foi. Hoje...parece mais uma muleta, um negócio.

Nunca fui muito fã da elite. Camarote sempre me deixava desconfortável. Prefiro nós nas pistas. Talvez seja mais flexível um dia. A elite. Hoje, tá ainda mais elite.

Nunca fui muito fã do mais forte. A mim, sempre me pareceu muito cômodo. Gera incômodo. Nem deveria existir o mais fraco. Talvez seja sempre assim. Hoje, é mais do que nunca.

Nunca fui muito fã de mim mesmo. Talvez seja um dia. Hoje, um sentimento de impotência, de descrença, de ver os fãs da meritocracia, dos justiceiros, dos valentões, dos espertos, dos armados sem causa, dos que se escondem atrás de deus, dos elitistas, de sambarem com sangue nos olhos em pleno Covidistão. 

Já deu. Foi...mal


Dicas para (não) desopilar

- Esse vídeo do Pedro Doria, deve de alguma forma ter me influenciado. Dá uma olhada e tire suas próprias conclusões. Calma, apesar do ou por causa do título, convém assistir primeiro, beleza?!


- Há muito tempo eu escuto falar do Jovem Nerd, por meio do podcast Resumido. E, depois, há umas semanas, por conta do 31 de março, cheguei ao Canal Nerdologia, por meio de um retuíte do André Forastieri.

- Dos que vi desde então - Golpe ou Revolução; Godzilla vs King Kong, e A Tecnologia de Attack on Titan, gostei bastante das abordagens, da edição dos vídeos. Bem legal, mesmo. Foi mais ou menos com essas palavras que mandei um e-mail para ver se rolava uma entrevista. 

Como diz o caboclo, “o não a gente já tem, vamos atrás do sim”. Por enquanto, nada. O canal tem 3 milhões de seguidores, um monstro. Mas, vai que um dia rola, né, e dão um palhinha por aqui.


Por hoje é só pessoal. Trilha sonora da vez enquanto digitava foi Lana Del Rey, a quem chamo carinhosamente de Laninha. Álbum deste ano, ChemtrailsOver The Country Club. Gostei. E, quem já não gosta dela, nem perca tempo.

Espero que tenham gostado pelo menos de alguma coisa.

Qualquer coisa, curte, compartilhe, diga o que achou. Dá um trampo danado fazer esta bagaça, mas o Drugstore Kishô tem de cumprir o papel de dar um alivio para este que escreve, ou receitas para e contra dor de cabeça.

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Abraço e, por favor, se cuide. De verdade.


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