Escuta, garoto, Moxie é muito bom. De ver e de ouvir

 

E aí, beleza?!


Falar a real, fiquei meio off nesta semana. Sei lá, muita coisa, trampo, imposto de renda, covid para lá, para cá, demais para a cabeça. Já viu alguma coisa daquelas sessões da CPI? Tem uns certos tipos de senadores tóxicos demais. Uma negação.


Tenho uma filhota. Não puxou este que escreve. Ainda bem. É esperta, teimosa e às vezes mala. Como qualquer criança/pré-adolescente/adolescente/coisas semelhantes. Surpreende muito. Vai dar trabalho… que bom!


Me pego a pensar nisso invariavelmente. Ela curtiu muito ver Anne com E, é fã da Millie Bobby Brown, e por aí vai. Massa, né. Agora estamos no meio da minissérie O Gambito da Rainha. Certeza, que a mais animada para ver, entre eu e a patroa, é a “criança”.


Essa enrolação toda minha é para falar de outro filme. Moxie! Tá lá na Netflix. Confesso, achei que seria mais um lance de e para adolescentes. Panfletário, talvez. Uma pá de clichê e tal. Pode ser que seja tudo isso. Entretanto, tem mais coisa lá.


Basicamente o longa de quase duas horas e dirigido por Amy Poehler - baseado em um romance de 2018 de Jennifer Mathieu - fala de uma escola em que as minas não são muito bem tratadas. Novidade (contém ironia). São mal tratadas ou destratadas mesmo. Daí, que uma aluna tem a ideia de fazer um zine, um “informativo” como meio de protestar diante do sexismo do colégio. Daí que as coisas crescem de tamanho, e é melhor parar por aqui.


Além do machismo, o filme estadunidense também põe um pé no racismo, uma porradinha no preconceito com imigrantes, tem DR entre mãe e filha, ainda acha tempo para ter umas cenas comédia. Porque, rir é um ato de resistência, né mesmo Paulo Gustavo, sábio como uma mãe. Peça raríssima.


Lá em cima tem um Subscrever. Clique e receba no seu e-mail. É de grátis


E, momento polishop, não é só isso. A trilha sonora. Por vezes, simples e direto. Já valeu a pena só de conhecer The Linda Lindas. Quatro figurinhas “meio asiático meio latino” - como as descreve no site da banda. Uma mistura de punk rock com outras coisas. Ninguém tem mais de 18. E, o que que tem? Cara, tem uma música delas que chama Racist, Sexist Boy. Nem precisa falar mais, só escuta.


De volta ao Moxie!, eis que no fim, pinta um som brazuca. Esse, das antigas, e, desta vez, conheço (aleluia!) e muito. Alala, do Cansei de Ser Sexy, ou CSS.


Ou seja, se não te pegar pelas cenas, vai pegar pelas despretensiosas só que não (?!) músicas. O filme ainda tem um esforçado Patrick Schwarzenegger – sim, é filho desse que você imaginou – e da sempre ponta firme Marcia Gay Harden. Que o núcleo jovem do filme tenha aprendido algo com ela.


Na boa, acho que estava a fim mesmo é de ver que tem muita coisa boa rolando delas, para elas, e por elas. Ei boys, meninos, hombres, passou da hora de acordar e descer desta pose macho tipo gado. Senão, depois vai ser difícil acompanhar.


Eis o trailer





Opa, a receita da vez do Drugstore Kishô foi baseada em


"De Bikini Kill a Cansei de Ser Sexy: 5 músicas incríveis de Moxie: Quando as Garotas Vão à Luta”

https://rollingstone.uol.com.br/noticia/de-bikini-kill-cansei-de-ser-sexy-5-musicas-incriveis-do-filme-moxie-quando-garotas-vao-luta-lista/


- Banda punk The Linda Lindas assina contrato com a lendária Epitaph Records

https://www.tenhomaisdiscosqueamigos.com/2021/05/24/linda-lindas-contrato-epitaph/


- Racist, sexist boy

https://youtu.be/J5AhU5Q7vH0


- Moxie_(filme)

https://pt.wikipedia.org/wiki/Moxie_(filme)



Ah, o som enquanto escrevia era, previsível, The Linda Lindas.


É isso, se chegou até aqui, brigadão. Valeu, mesmo. Qualquer coisa, entre em contato, mande umas ideias, reclamações. Se puder responder, certeza, que respondo.

Se cuida, não deixe a onda te pegar. Abraço



Comentários

Mensagens populares deste blogue

Piedade. É a dica

Na Copa, torça para o que você quiser

Um sonho, ver o ultraprocessado se tornar naturalmente ultrapassado