Expedição Felicidade, ou pode chamar de expectativa e realidade

 

E aí, beleza?! Indo, né?!

Cara, hoje tou a fim não de falar sobre COVID e companhia federal. Esse desgoverno, que de bobo não tem nada, e auto-convencido do direito de fazer o que quiser. Inclusive tirar máscara de criança em lugar cheio de gente. Os adultos (ir)responsáveis acham graça. Da desgraça.

Já ouviu falar de Expedition Happiness. Ou Destino > Felicidade? Certamente. Caso contrário, dê uma chance. Assisti faz um tempinho, acho que mês passado. Sugestão da patroa. Dali em diante o documentário de 2017 volte e meia entra na minha cabeça. A receita para amenizar deve ser escrever por aqui.

Vimos lá na Netflix. Em pouco mais de uma hora e meia, Felix Starck e Selima Taibi estrelam e documentam sua viagem. O casal alemão, e o seu cachorro, resolvem meter o pé na estrada a partir do Alasca. A ideia é percorrer as américas até chegar estas bandas, Argentina, quem sabe.

No começo, imaginei aquele basicão destas produções. O começo com eles a esquadrinharem a aventura, a empolgação, alguns perrengues no caminho, e no fim, uma comemoração estilo missão cumprida.

Para minha surpresa, as coisas não acontecem bem assim. O Novo Mundo é e pode ser bonito pacas, mas está longe de ser um oasis para amadores. Por mais alto astral, inventivo e cheio de ideias que você seja. Aliás, como diria uma jornalista com quem já trabalhei, “de boas intenções o inferno está cheio”.

Ou seja, é mó legal pegar uma latona velha e transformar em um motor home politicamente correto e tal. Porém, Starck e Taibi tiveram a coragem de mostrar que, às vezes, este tipo de aventura, parafraseando Racionais MCs, não é um mar de rosas não, na América do Norte, lembranças dolorosas, então.

Calma, tem muitas partes bacanas, imagens cinematográficas. Trilha sonora feita praticamente pelo casal – mais por ela – e passagens que fazem você acreditar na vida.

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Sabe, no meu devaneio, vejo na iniciativa do par alemão algumas semelhanças do que vivemos por agora. Gente que acredita estar no caminho certo e, na real, mal tem ideia do tamanho da expedição e de seus possíveis problemas que terão no caminho. Nível “calma, a gente sabe o que faz e tá tudo certo”. E, dia após dia, só decepção, saca? Tá na cara que vai dar ruim, mas, o protagonista se esforça em achar que está tudo em ordem.

Pior, um montão de gente finge ou prefere deixar passar. “Uma hora, melhora”. Caraca, pelo menos uns quatro anos nessa modorrenta rotina de desgraças, crise, tristeza, medo, e desesperança. Essa expedição, diferente do documentário em questão, tampouco teve momentos de felicidade. No máximo, um riso sem graça, de canto de boca, daqueles para fazer média com os ceifadores de sonhos. Iludidos ou, sei lá, na esperança de sobrar alguma coisa, migalha, um reconhecimento.

Amigo, amiga, quisera a gente ter essa opção de encerrar precocemente esta expedição. Aguentar mais um ano e meio será um desafio. De sobrevivência.

É isso aí, fica a dica. Expedição Felicidade. Vontade de botar o pé na estrada, de meter o pé no …, ah, deixa quieto. Nem vale a pena.


Se você chegou até aqui, muito obrigado. Qualquer coisa, manda mensagem, ideia, crítica – sem ofensas, please – sugestão, e assim por diante. Pode ser nos comentários, ou pelas redes – twitter, linkedin (mais), ou facebook e instagram (menos).

Trilha sonora da vez foi um álbum das antigas, do qual tenho o cd: Nação Zumbi, de 2002. Sonzêra, das faixas Blunt Of Judah, Meu Maracatu Pesa Uma Tonelada. Fica a dica musical.

Cuide-se, siga com a máscara. Abraço.


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