A dica é guioza com Dorohedoro
E aí, beleza?!
Meu, se você é de Campo Grande, certeza que ficou com pelo menos um medinho no fim de semana, com a tempestade de areia e ventão. Para muitos, um ensaio apocalíptico que deixou boa parte da cidade de 900 mil habitantes sem energia, além de arrancar do lugar pelo menos 250 árvores. Esse dia foi tenso.
Para uns, é o pessoal lá de cima castigando a galera, conivente com tanta coisa errada. Para outros, é a natureza tacando um dane-se, já que geral começa a ver como banal o desmatamento e as queimadas.
Nessa toada fim de mundo, vai a dica para dar uma desopilada. Até achei que tinha dado uns pitacos sobre esse anime, mas ao que parece, niente. Então, bora lá.
Já assistiu Dorohedoro? Foi indicação de um amigão meu. Disparado, quem mais gostou foi o filhão. Mas, nosotros assinamos em baixo.
Dorohedoro é baseado em um mangá escrito e ilustrado por Q Hayashida. Lá no Japão, pelo que apurei rapidão já tem pelo menos 28 volumes. A produção que rola na Netflix desde o ano passado tem 12 episódios, é do estúdio Mappa e tem direção de Yuichiro Hayashi, responsável pela última temporada de Attack On Titan.
Então, Dorohedoro se passa num cenário pós-apocalíptico, em que o mundo se divide em dois. O Buraco, em que vivem os reles humanos, e o dos feiticeiros. Nem preciso dizer onde parece ser pior para viver.
Daí, a trama gira principalmente com Caiman, um ser com cara de jacaré (na boa,foi bem antes das abobrinha anti-vacina), que perdeu a memória. O bicho é forte, e cada feiticeiro que treta com ele é visto como uma possível ligação para saber o que rolou para chegar a esse ponto. Daí literalmente rola um papo cabeça quase goela abaixo.
Quem aguenta o percurso do Cuca com um estilo pós-punk em busca de saber da sua identidade é Nikaido. Uma jovem que tem um restaurantezinho e faz uns guioza da hora. É, aquele prato oriental que parece uns rolinhos, bem bom mesmo. O tal Caiman encontra mais que um refúgio na comida. Come de braçada a iguaria feita pela amiga.
Ao longo dos episódios, a trama mistura cada vez mais os dois mundos, rolam uns flashbacks com os principais personagens, e muitos usam máscaras que dariam inveja aos tiozinho do Slipknot.
Dorohedoro tem bastante sangue, a faixa etária indicada é 16 anos, mas nada de usar o tom vermelho como muleta para maquiar um enredo fraco. A família En e a Gangue dos Olhos Cruzados tem uns tipos bem barra pesada.
Ao mesmo tempo, creio que ninguém vai dormir traumatizado depois de ver algum episódio. Como uma boa animação japonesa em geral, tem umas partes engraçadas e uma trilha sonora muito, muito boa, de responsa, a cargo do (K)NoW_NAME. Nem conhecia o grupo, acho que vou dar uma pesquisada. E, ao fim de cada capítulo, há o descontraído O Que Aprendemos Hoje em Dorohedoro.
É isso, fico por aqui para não dar spoiler. Pena que, oficialmente, a segunda temporada tem nada de confirmada. Dizem que vai rolar, espero. Fica a dica.
No fone de ouvido, Razorblade Suitcase, do Bush. O álbum fez 25 anos, caraca, escutei muito o CD nos tempos de faculdade. A banda inglesa que surgiu naquela época do grunge e tal nem sei se ainda tão em atividade.
Seja como for, já tem muita coisa boa. Greed Fly, Swallowed, Distant Voices são algumas das músicas que valem a pena escutar depois de tanto tempo. O vocal de Gavin Rossdale, hoje um senhor de 55 anos, era bem peculiar, como os mais conhecidos daquele “movimento”, como: Jerry Cantrell (Alice in Chains), Kurt Cobain (Nirvana), Eddie Vedder (Pearl Jam), entre outros que não vou lembrar agora.
Se chegou até aqui, brigadão pela companhia. Qualquer coisa, pode trocar ideia por aqui, nos comentário, ou por meio do Linkedin, Twitter, Facebook, ou Instagram.
Abraço, se cuide.
Como é de praxe, alguns links que me ajudaram neste post
- Dorohedoro é um anime cruel, com excelentes personagens e animação extraordinária
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Dorohedoro#Mangá
- https://pt.wikipedia.org/wiki/Bush_(banda)#Membros
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