O Centenário Que Fugiu pela Janela e Desapareceu está longe ser ser ultrapassado

 

E aí, beleza?!


Cara, você já viu “O Centenário Que Fugiu pela Janela e Desapareceu”? Pois é, em mais um momento Coisas que só vi agora e são legais Pacas, este filme de 2013 é uma dica e tanto. E, olha que, como disse em posts anteriores, para me fazer rir bastante de 2016 para cá anda bem complicado.


Então, esta comédia sueca/alemã/francesa trata-se como o nome diz, de um velhinho que foge do asilo e na rodoviária dá de cara com duas malas, um branquelo de gangue, e sua mala. O homem com jeitão de supremacista vai ao banheiro e pede, ou melhor, manda que o nosso glorioso centenário Allan Karlson tome conta da bagagem com rodinhas enquanto ele vai se aliviar.


O protagonista vivido pelo sueco Carl Gustafsson, que, na real, hoje tem 56 anos, leva ao pé da letra e entra no busão com a mala pesada e tudo. Deixa o projeto de bad boy pistola, que tem de ir atrás para recuperar sua mala. Este é um dos pontos de partida do filme dirigido pelo também sueco Felix Herngren. A dupla é bem popular lá em terras escandinavas, principalmente na comédia.


Gustafsson tem a companhia de outro tiozinho. O Julius, que o abriga para tomar umas e conversar, e vira seu parceiro por toda vida do longa-metragem. Curiosidade: Julius é interpretado por outro sueco, Iwar Wiklander. E, embora no filme ele é retratado como bem mais novo que o Centenário, na real já tem 82 anos. Palmas para a maquiagem feita em Gustafsson, que o deixou uns trinta anos mais velho. Aliás, a produção rendeu uma indicação ao Oscar 2016, na categoria de melhor cabelo ou maquiagem, para Love Larson e Eva von Bahr. Perdeu para o Mad Max.


Só por estes aspectos o filme já vale. É, saia um pouco dessas produções hollywoodianas e suas cópias. O Centenário tem um humor que mistura, sei lá, Forrest Gump (Allan Karlson é um ótimo contador de suas histórias), Monty Python, Dois Velhos Rabugentos, e por aí vai. Sério, sabe quando você não espera muita coisa e com o passar das quase duas horas de filme a expectativa foi superada, e muito? Então, é por aí. Diferente do que acontece no Brasil de hoje, em que de onde menos se espera aí é que não sai nada, mesmo. Deixa para lá, pelo menos por alguns instantes,


Aviso de quase spoiler: o filme tira o sarro de uma maneira bem bacana de certos ditadores das antigas e dos anos da guerra fria. Quando mais novo, Karlson passou pela Espanha, Rússia, os States, e por aí vai.

Fica tranquilo, de explosivo somente a paixão dele por explodir coisas, desde sua infância. Isto aliás, trouxe danos e tanto para ele que, de um jeito bem peculiar, leva a vida sem rancores, quase como uma chalana nos bons tempos do Rio Paraguai. Serena.


No todo , o elenco é bastante entrosado. A direção, edição, figurino, trilha sonora, são bem interessantes também. Pensa se eu gostei do filme, hein?!


“O Centenário Que Fugiu pela Janela e Desapareceu” é baseado no livro homônimo de Jonas Jonasson, que não li. O filme ganhou uma continuação - O Centenário Que Saiu sem Pagar a Conta e Sumiu, na Netflix – mas, ainda não vi.


Em todo caso, é uma pena que o longa não teve mais repercussão. Merece e muito. Fica a dica para dar uma relaxada. Na medida do possível. Pelo que pesquisei dá para ver pelo Google Play e no YouTube.


Segue o trailer, só achei legendado em português de Portugal. Mas, não tem problema.


Por hoje, é só. Se chegou até aqui, obrigado pela companhia.


Se quiser saber mais, peguei muita coisa aí do Wikipédia. Eis os links:


https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Centen%C3%A1rio_Que_Fugiu_pela_Janela_e_Desapareceu


https://en.wikipedia.org/wiki/Felix_Herngren


https://en.wikipedia.org/wiki/Robert_Gustafsson


https://en.wikipedia.org/wiki/Iwar_Wiklander



No fone de ouvido enquanto digitava sobre o filme que de ultrapassado só tem a cara, a trilha foi In Utero, do Nirvana. Sei, não tem muito a ver com o post, mas a melancolia, as letras de Kurt Cobain, e o som todo do trio neste álbum de 1993 é uma pedida. Ou um jeito imaginário de meter o pé na porta, sei lá. A arte é livre.

Rape Me, Heart-Shaped Box, All Apologies, são algumas das musiconas deste disco. Clássico.



Fico por aqui, se chegou até aqui, brigadão pela companhia. Qualquer coisa, pode trocar ideia por aqui, nos comentário, ou por meio do Linkedin, Twitter, Facebook, ou Instagram.


Abraço, se cuide.

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