Com Licensed, é que o primeiro álbum do Beastie Boys fez 35 anos


E aí, beleza?!


Quem me conhece, certeza, pelo menos uma vez falei do Beastie Boys  - para quem não é tão chegado assim, prazer, Luciano, mas pode me chamar de Kishô - talvez já tenha lido ou visto eu citar o grupo novaiorquino.


Você fica velho, começa a repetir as histórias. Então, em 1987, tinha dez anos quando escutei um vinil que meu irmão tinha comprado. Hip Hop Hits. Caraca, quando escutei a terceira música do lado A, foi amor à primeira ouvida. A faixa era The New Style. De quem? Do Beastie Boys. Aliás, esta coletânea ainda tem LL Cool J, e Public Enemy, entre outros. Muito bom, mesmo.




Dali em diante, o rap parou e ficou na minha mente, coração e ouvidos. Mas, voltemos ao Licensed to Ill , disco que depois fui descobrir já mais para frente, no começo dos anos 90, em CD (!). Só que o álbum mesmo foi lançado em novembro de 1986. Ou seja, neste 15 de novembro de 2021 completou 35 anos. Daí a singela homenagem para um clássico de 13 músicas e quase um tempo de partida de futebol. Bate um bolão.


Curiosamente, este trampo dos garotos bestiais foi lançado quatro meses depois do chiclete Walk This Way , versão Aerosmith e Run DMC. Olha, uma pá de gente diz que esta música que foi a pioneira em mesclar rap com guitarra e tal. Pode ser… Até porquê teve a mão do Rick Rubin, produtor, em ambos os trampos. Rubin é monstro, quem é fã do Slayer (levanto a mão) que o diga.


Gosto muito do Run DMC, tem o também classicão Raising Hell, quem sabe outra hora falaremos dele(s). Uma das coisas que fez eu gostar ainda mais dos branquelos de New York é que, antes deles entrarem de vez no rap e suas variantes, já eram músicos, tipo banda, com instrumentos e tudo.


Disso tenho orgulho de falar porque ninguém me contou, eu vi no melhor show que já fui: São Paulo, abril de 1995, no Olympia. Adam Horowitz (guitarra, vocal), Adam Yauch (baixo, vocal), Mike D (bateria, vocal), DJ Hurricane, Money Mark (teclados) e Eric Correa (percussão) era a formação. Essa partezinha copiei do texto da Bia Abramo (bem legal) sobre a apresentação deles na cidade paulistana, para a Folha de S. Paulo. Taí, em 2025 eu encho o saco de vocês e falo sobre esse show. Pô, muita emoção.




Licensed to Ill é daqueles discos que dificilmente você pula faixa. Começa com um batidão e riff para apresentar Rhymin & Stealin, passa pela minha queridona The New Style, que antecede She’s Craft. Como eles eram realmente uns Beastie Boys têm umas pérolas nível Girls…

Fight For Your Right zoa com a cena heavy metal, na época a gente chamava de “farofa”, e No Sleep Till Brooklyn, cujo título parodia outra lenda do rock pesado, mostram que as raízes dos garotos eram coisa fora da curva em geral do rap daquele tempo.


Paul Reverse é um hip hop raiz comandado por DJ Hurricane, Brass Monkey tem aquela batida de fundo que você reconhece em tudo quanto é trampo bom de street music. Tudo isso para fechar com Time to Get III.


Meu, vale a pena usar a desculpa dos 35 anos do disco para escutar de novo. Ou, apresentar para quem gosta de rap e rock, sem radicalismos. Os Beastie foram amadurecendo. Das letras e nomes muitas vezes inconsequente e sem noção e arranjos mais na “marra”, para uma evolusom geral que nos deu Paul's Boutique, de 1989, Check Your Head, de 92, Ill Communication, 94, e Hello Nasty, 98. 


E, por aí vai, os moleques caminharam para um som mais com a cara deles, umas intromissões na psicodelia, budismo, até ativismo, mas sem perder o bom humor, acho que o ponto mais forte deles sobre a maioria. E, tá ligado, ser engraçado é para poucos.


Ah, sem contar que durante o percurso teve o brasileiro Mario Caldato Jr, ou apenas Mario C , que volte e meia era citado nas músicas do Beastie.


Enquanto fazia esta receitinha, tropecei com um textaço de 2016, de Amanda Montalvão, sobre o disco de estreia dos Beastie Boys, no Sounds Like Us. Leitura obrigatória.


Em 2022, vai completar dez anos da morte do Adam Yauch , ou MCA. Certeza, se eu lembrar, será lembrado por estas esforçadas linhas. Esse faz uma falta… bora lá, já deu, because… what's the time? - it's time to get Ill



Momento assim, meio sem jeito


Se quiser dar uma força bestial ao DK e a este que escreve, faz um PIX – a chave é o e-mail drugstorekisho@gmail.com 


Pode ser qualquer quantia. Prometo que agradeço e, quem sabe, mais para frente rola até mais um post por semana.


Sei que tá osso para todo mundo, então nem esquenta,


Como sempre, se quiser trocar ideia pode ser por aqui, e-mailLinkedin, Twitter, e facebook


Obrigado pela companhia. Bregadão, mesmo.


Se cuide, abraço

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Piedade. É a dica

Na Copa, torça para o que você quiser

Um sonho, ver o ultraprocessado se tornar naturalmente ultrapassado