Sobre sonhos e sobre o tempo que a vida mói

E aí, beleza?!

Nesta semana eu vi dois vídeos no YouTube que me instigaram. Aliás, isso até lembra um nome de banda, o Cidadão Instigado …deixa para lá, nada a ver com o papo de hoje, só para aproveitar o trocadalho.


Bom, de volta aos vídeos, o primeiro foi sobre Sonho, do Greg News, apresentado pelo Gregório Duvivier. O episódio fala entre outras coisas de como a humanidade deixou de dar importância aos sonhos. Literalmente. Calma, a intenção aqui está longe de frases e textos motivacionais que pululam na internet.

Então, Greg, em resumo, aborda como sonhar faz parte desde quando a gente é gente, que os mamíferos sonham, mas só os humanos têm a capacidade de lembrar.


Ficou bem interessante a abordagem e tal. Lógico, se você não acha graça e nem leva a sério o Gregório, melhor deixar quieto. Ou, pelo menos comece a assistir. Qualquer coisa só parar.


Sabe, é daquelas coisas tão óbvias que você para e pensa… é verdade. Já diria a música, sonhar não custa nada. Faz bem. Sei, tá difícil dormir tranquilo hoje em dia. Como cantou Chico Science, com a barriga vazia eu não consigo dormir. Uma das questões abordadas no vídeo de pouco mais de 30 minutos, é a de que o sonho hoje é (des) tratado com pouco caso. Por outro lado, acho que geral tá com tantos problemas para encarar os pesadelos do dia a dia e deixa seus sonhos de lado. Nossa, nem que quisesse, escaparia de trocadilhos.


O vídeo é o último episódio desta temporada do Greg News e, também por isso, meio que deseja um 2022 menos ruim. Se é que você me entende.


Dali que, sei lá se tem a ver com o algoritmo do YouTube, ou do meu inconsciente mesmo, resolvi ver um vídeo de um canal que faz um tempinho que passava ao largo. Talvez por falta de tempo, desculpa básica. Eis que o Normose veio com O Maior Segredo do Tempo. Ow, diferente do canal citado acima este aqui é bem esforçado, feito na raça. Quem puder, ajuda aí, seja com grana, ou, que nem eu, se inscreva, curta e compartilhe.


Ás vezes o Normose parece uma imersão. Estilo The Midnight Gospel, aquele desenho bom e viajado. Neste vídeo, o responsável pelo canal faz um tudo junto e misturado de suas ideias, e como pano de fundo, seu aniversário, 30 ou 40 anos, e o tempo.


Citações de gente grande como Ruben Alves, Manuel Bandeira, e outros, em meio à muita imagem de poucos ou quase nenhum segundo, para uma abordagem bem pessoal sobre o tempo. “Seu tempo é sua vida e virou mercadoria. Por isso passa mais depressa. o tempo como invenção social, ilusão ou sofrimento-um ensaio sobre tempo, crises, ciclos, trabalho e tudo isso que a gente tá passando.” Este é um trecho da discrição do vídeo. Ninguém gosta de sentir isso (mas é inevitável).


Putz, os vinte minutos deste Normose tem um quê de bastante informação, ares de ingenuidade, e otimismo que me identifico muito. Se bobear, eu era assim nos tempos de faculdade, idealista propenso a utopias.


De volta ao vídeo, as horas do relógio são vistas com desconfiança nesse processo de vida mecanicamente repetitivo e, em contraponto, loas à divisão do tempo em anos. Pois, fala o canal, ao fim de doze meses, vem a sensação de que podemos começar do zero ano que vem.


Os dois vídeos estranhamente se complementam. Sonho, tempo, e um esforço para acreditar em coisas melhores no futuro. Que bom. Ainda falta dezembro, e o clima anda tão esquisito, para falar o mínimo, que muitos pulariam direto para 2022 se tivessem essa chance. De repente, não é graaande coisa, mas fica a dica.


Ah, nada a ver, eu acho, com o que escrevi hoje, só queria registrar que o post do Felipe Torres no Instagram foi uma das coisas mais hilárias e inteligentes que eu vi sobre o bizarro touro de “ouro” que puseram em frente da Bolsa de Valores de SP, já devidamente removido. O artista, quem tem seus 40 anos vai lembrar, fazia o Boça, do pessoal do Hermes e Renato, programa humorístico bom pacas que passava na MTV Brasil. O personagem ficou tão marcante que ele continua as suas intervenções, como esta.


E, é isso, agora, me voy.



Trilha sonora enquanto digito por aqui é o classicão Goo, do Sonic Youth. O álbum de 1990 envelheceu muito bem. Alguns dizem que é só barulho, ah, nem esquento. Diria que, faz assim um Barulhinho Bom.


O trio nova-iorquino que originou o Sonic Youth tinha Kim Gordon, Thurston Moore, que foram casados por 27 anos, e Lee Ranaldo. Tudo começou em 1981, quando a cena punk tava bem forte.

De lá para cá, eles fizeram tantos trabalhos interessantes e audaciosos – vide faixas com longos minutos movidos a distorção em produções posteriores – que foram encaixados mais como pais do rock alternativo. Ah, estes rótulos… Nem sabia, mas faz dez anos que eles encerraram as atividades. Seja como for, trinta anos bem tocados.


Brigadão pela companhia, me faz bem.


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