Falar só da eleição do ano que vem não mata a fome de agora

 E aí, beleza?!

Já sabe em quem vai votar? Tudo bem, tem dez meses ainda, nem esquenta. É sério, a eleição está marcada para 2 de outubro.

Imagine se esse assunto realmente está na mesa de, sei lá, 30 milhões de brasileiros que sobrevivem com até um salário mínimo. Deve ser o supérfluo do supérfluo na cesta básica das necessidades dos pobres e, nem entra, na listinha dos paupérrimos.

Na minha bolha, dia sim, dia não, esse assunto de quem vai disputar a presidência – cargo vago desde 2019, convenhamos – aparece. Confesso, leio, vejo e escuto várias opiniões sobre o assunto. In ou felizmente, desfruto desse privilégio.


Agora a onda é emplacar uma terceira, quarta, quinta via. Parece menos interessar o estado dessa via, e mais se ela favorece o trânsito de quem tem muita grana e manda nesse país. Esta semana, parei um pouco para refletir, sobre o diz que me diz dos pré e candidatos mais em voga no noticiário.


Sabe, deu um desânimo. Talvez eu esteja bastante exigente ou com uma impressão errada. Parecem estar fora da casinha, da realidade literalmente osso que grande parte dos brasileiros vive.


Um tal de eu fiz, eu vou fazer, fulano é isso, é aquilo, o país já não aguenta mais, cuidado com o comunismo, e, por aí vai. Senti falta de escutar coisas do tipo, ó, sobre esses cortes na educação, ciência, e pesquisa acho que tem de ser assim. O meio ambiente tem de ser visto e revisto do início ao fim porque se acontecer tal coisa vai ferrar você que mora do outro lado do país, do mundo.


Não é humano viver de restos de carne e osso, gente a desmaiar de fome. Vai lá, senhor, senhora, confere in loco porque o baguio é feio. Dá um alento, uma luz, uma ideia. Viu, não vou mentir, é difícil mudar essas coisas do dia para a noite, mas acho que para a economia andar, ou pelo menos ter uma comida decente por dia, para começar, é preciso fazer isso, isso, e isso.


Sabe, o discurso dos caras parece em outra rotação. Acho que não têm noção do quão ruim as coisas estão. Meu, é capaz de nem comida estragada parar no lixo. Virou luxo.


Daí que chego ao ponto de partida. Na boa, milhões só pensam como vão fazer para se alimentar, dar uma refeição para a família no dia seguinte. Pagar o básico.

Para quem está a margem, falar em eleição, ainda mais deste modo até certo ponto arrogante e desconexo do cotidiano, é só um monte de sopa de letrinha. Que não enche a barriga e tampouco o espírito. Miragem.


Óbvio, não é para deixar de falar sobre o pleito. O problema é achar que isto é palpável e necessário para todos. Vai ver, o sem noção seja eu, época de eleição é assim. Verdade. O problema é que desde que comecei a votar, lá na década de 90, nunca tinha visto tanta diferença entre o mundo real e o mundo que estes caras parece estar. Isso não é bom. Até 2 de outubro, haja resiliência.


Já deu, desculpe aí o desabafo. Talvez ficou um pouco confuso, minha cabeça tá a mil e fui incompetente em organizar as ideias. Espero que salve alguma coisa.


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