Se não viu, dê uma chance e entre nesse Loop

 

Bom, se ainda não viu, dê uma chance e mergulhe nesse Loop.

Exibido pela primeira vez em 2019, e lançado comercialmente em 2021, é do cineasta cuiabano Bruno Bini. Opa. Se já viu, foi mal aí. Fica bravo comigo, não. Tudo bem, já devia ter pelo menos ouvido falar em algum tempo/espaço porque é aqui do Estado vizinho, e ganhou prêmios em Festivais como em Manchester. Que tem Bruno Gagliasso, protagonista da produção de pouco mais de hora e meia e também faturou prêmios, como o de Los Angeles Brazilian. Ah, também tem Bianca Messina, melhor atriz no Festival de Manchester.


Olha, eu tropecei nele quase por acaso, passou em um canal a cabo. Mas, parece que dá para pagar para ver no YouTube, Google Play, e Apple TV. Vamos a sinopse, que é mais ou menos assim: “Daniel (Bruno Gagliasso), após a morte de sua namorada Maria Luiza (Bia Arantes), torna-se obcecado pela ideia de voltar no tempo para tentar evitar a tragédia. Por conta de sua obsessão, ele mergulha em ideias de viagem no tempo se isolando até que um dia aparece uma solução”.


Quer saber mais, prestigie o cinema nacional e assista. Pois, o cenário para a sétima arte nacional não anda bem das pernas, sobretudo desde 2019. Você conhece o Mário? Então, com ele, a produção audiovisual brasileira entrou numa Frias daquelas.


Na real, descobri que o Loop tinha muito a ver com Mato Grosso depois de ver o filme e pesquisar um pouco sobre a produção. Ambientado em Cuiabá, é bacana quando alguma coisa sai do eixo Rio-SP. No começo do filme, tem até uma piadinha com a banda Vanguart, que, pelo menos isto eu sei, saiu de lá, do MT.


Além do mais por tratar-se de uma ficção, que as vezes cita umas coisas reais como a Copa de 2014, e as manifestações de junho de 2013. Ah, se muitos soubessem como saiu caro esses protestos também desejariam voltar ao tempo.


Bruno Gagliasso dá conta do recado. Ainda não vi Marighella, mas creio que o carioca quase quarentão parece muito consciente dentro e fora do set. Bia Arantes também manda muito bem, subiu muito de patamar, e deixa claro que está longe de ser apenas mais uma carinha bonita na televisão.


Completa o trio, Bianca Messina, que faz a irmã do Gagliasso, a Simone. Olha, um desempenho tão ou até mais que o protagonista. Sabe quando fica aquela sensação, “ah, a personagem rouba a cena”, ou “poderia aparecer mais”. Pois, é, Bianca Messina mostra que seus pelo menos 15 anos de carreira no cinema pesa muito a favor.




Em todo caso, o mato-grossense Bruno Bini foi bem no seu primeiro longa-metragem. “O filme tem inspirações bastante diversas, que vão de Nietzsche, passando por Nolan, Fincher e trazendo tudo isso para um universo bastante realista”, disse o diretor, em trecho de entrevista ao Portal Cinema. Tá “ruim” de influência, hein?!


Então, o longa produzido pela Plano B Filmes com co-produção da Valkyria Filmes e Globo Filmes é daqueles que, ou você arrisca a todo momento o que aconteceu, ou, espera até o fim para aquele momento Scooby-Doo em que tudo se encaixa.


Fiquei com vontade de achar e assistir o curta-metragem que ele fez antes, em 2015, o Três Tipos de Medo. Pelo trailer parece interessante.


É isso, Loop poderia ser um filme de ação e ficção estadunidense, de repente apareceria mais, sei lá. Que bom, não é. Prova – como se precisasse - de que pode sair coisa interessante dos Matos. E...corta!


Segue o trailer 




Abraço, se cuide.

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