Há 40 anos, ganhava forma o Public Enemy. O resto é história

 

E eis que o Public Enemy faz 40 anos neste 2022. Sem dúvida, um dos maiores nomes do rap da história. É… faça a coisa certa e dê uma escutada. Se já conhece, vale a pena dar um remember.


Não lembro exatamente a primeira vez que tive contato com o som de Chuck D, Flavor Flav, com Terminator X nas picapes. Uma coisa, eu sei, lá pelos 11, 12 anos, comprei a fitinha K7 do icônico álbum It Takes a Nation of Millions to Hold Us Back, de 1988. 


Caraca, se Run DMC ficou conhecidão mundo afora pela parceria com o Aerosmith que resultou em Walk This Way, esse trampo do Public Enemy fez o então garoto que gosta bastante de rap e rock arrepiar com os samplers movidos a batidas e riffs (Slayer pacas) provocados pelo produtor Rick Rubin – figurinha carimbada no metal e afins. Outra hora falaremos mais desse álbum.


Os novaiorquinos de Staten Island – aliás, essa região também faz parte da área de outro nome forte do hip-hop, o Wu-Tang-Clan – tem muito som bom.

Em 1989, os caras se tornaram Public de vez com Fight The Power. Muito devido ao baita filme Do The Right Thing, do Spike Lee. Gosto muito do clipe. Aliás os shows e apresentações de Chuck D e Flavor Flav são visualmente bem legais. 


Vai ver, é um pouco coisa do Chuck D, que era estudante de design gráfico. As coreografias com trajes militares e o indefectível relógio “o loco meu!” para ninguém botar defeito do Flavor Flav viraram marcas registradas. Aliás, em minha modesta opinião, Edi Rock está para Chuck D, assim como Ice Blue está para Flavor Flav.


Nem preciso dizer que os caras são bem politizados. Olha esta bala tirada de um trecho da letra de Fight The Power


"Elvis was a hero to most

Elvis era um herói para a maioria


But he never meant shit to me you see

Mas nunca significou merda nenhuma pra mim


Straight up racist that sucker was

Perceba o racista que aquele otário era


Simple and plain

Simples e claro


Mother fuck him and John Wayne

Ele e John Wayne são filhos da puta


Cause I'm Black and I'm proud

Porque eu sou negro e tenho orgulho


I'm ready and hyped plus I'm amped

Estou pronto, atualizado e empolgado


Most of my heroes don't appear on no stamps

A maioria dos meus heróis não aparecem em selos


Sample a look back you look and find

Experimente olhar pra trás e verá


Nothing but rednecks for 400 years if you check

Nada além de caipiras por 400 anos"


Nervoso, né?!


A “desconfortáveis” letras do Public Enemy chegaram até o playstation, em que foi música de introdução de jogo do ídolo do skate Tony Hawk, no começo dos anos 2000. O game tirou do limbo By The Time I Get to Arizona. Porrada do álbum Apocalypse 91… The Enemy Strikes Black, de 1991.


Verdade, nesses anos 2000 talvez não lançaram coisas tão instigantes e/ou destruidoras comparadas ao que fizeram no fim dos anos 80 e começo dos 90. Nem precisam. Já têm o nome na história a dupla Chuck D/Flavor Flav, que está na casa dos sessenta anos. Desde o começo de 2000, Terminator X deu lugar a DJ Lord.


Se bem que em 2020, durante a pandemia, fizeram um som/clipe para protestar contra a violência policial: State Of The Union é tipicamente Public Enemy.


Olha, não leio e nem falo inglês fluente, mas… fazer o quê?

Música quando bate no coração, no sentimento, é universal. Gosto, mesmo assim. E, qualquer coisa recorro aos amigos que speak english better que eu, ou vai de algum serviço de tradução na internet.


E é isso, vida longa aos tiozões do Public Enemy. Essa é a dica de hoje.


Abraço, se cuide.



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Ah, se puder apoiar, agradeço desde já.



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Não tenho brindes, mas posso ao menos te agradecer por aqui no próximo texto. E, se quiser, te menciono nas redes. 

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Quem sabe, mais para frente, role alguma coisa. Aceito sugestões.


Valeu!


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