Mia Madre é uma dica para lembrar de cuidar bem da sua

 

Diz a sabedoria irônica/popular que que no começo você vai em festas de aniversários. Depois, formaturas e casamentos. Mais um tempo tem batizado e festinha de criança. Quando começa a parte dos cemitérios, aí cai a ficha que uma hora você vai desta para melhor. Ou pior, ou fica no mesmo lugar, sei lá. Depende da sua crença, acredita?


Já passei dos quarenta. Alertas e toques no celular em certas ocasiões me fazem pensar na morte se me pegam de supetão. Sabe, o problema às vezes nem sou eu. Certamente, tenho pelo menos uns 15 anos pela frente, fácil. Eu, acho.


A cada período que passa me dá uma tristeza saber que pessoas que você ama e tem uma (s) década (s) à sua frente nesta Terra, se vão para sempre.


É uma coisa que geral não está preparado. Mas, é possível? Assisti Mia Madre. É de 2015, filme italiano dirigido por Nanni Moretti que, para variar, também faz parte do elenco. Parece que tem na Apple TV, YouTube, Google Play, e Amazon. Eu havia gravado faz um tempinho – em fevereiro - quando passou no canal por assinatura Arte 1.


O drama de pouco mais de uma hora e meia pode entrar naquele lance de “apertar sem te abraçar”. No início, a produção bem lembrada em festivais (como o de Cannes por exemplo) te deseja deixar a par da situação toda vivida notadamente por Margherita.


Uma perfeccionista diretora de cinema, que tem um irmão (Giovanni, vivido por Moretti) mais família que ela teoricamente. Margherita interpretada otimamente por Margherita (é isso mesmo) Buy pega no pé para que a filha siga bem nos estudos e, paralelo a isso, acompanha sua mãe, que está internada no hospital.


A situação de dona Ada, interpretada por Giulia Lazzarini, ganha espaço aos poucos no set da vida real de Margherita e dos demais familiares. A diretora ainda por cima tem de lidar com o estrelismo do seu ator principal das suas filmagens. 


Direto dos Estados Unidos, Barry Huggins tem um ego nível Rei de Roma, porém está mais para estilo o rei está nu. O papel coube ao versátil JohnTurturro, que dispensa apresentações. A cena em que ele dança é hilária, um toque de leveza. Pensando bem, o novaiorquino que faz desde A Coisa Certa até Transformers fica responsável para a cota de boas risadas no longa de Moretti.


Á medida que a matriarca dá sinais de que a morte é certa, Margherita tenta lutar contra a verdade absoluta. Em uma bela atuação, a protagonista aos poucos te faz sentir o quanto aquela pessoa acamada vai fazer falta. E, ao mesmo tempo, sempre quando pode se fez presente para você.


Nanni Moretti é conhecidão no meio cinema. De cabeça, lembro que assisti O Quarto do Filho, de 2001. Certeza de que é um bom filme, um dia vou assistir novamente para relembrar. 


Em Mia Madre, o diretor italiano toca de leve em situações políticas, de autoconhecimento, e reafirma o fascínio da sétima arte. 

Produções da Velha Bota gostam de volte e meia homenagear o Cinema. Paradiso que o diga. A trilha sonora – tem “até” uma faixa do Leonard Cohen -, os enquadramentos, diálogos, aos poucos te deixam à vontade, quase da família.


Claro, o foco central do filme é Margherita lidar com tudo isso que acontece ao mesmo tempo. Um colo de mãe nessas horas nessas horas vai bem demais. Duro é perceber isso muitas vezes só na hora do aperto. Da perda.


É isso aí, Fica a dica. Em vários sentidos.


Abraço. E, uma singela quebra de protocolo. Feliz Dia das Mães.

Em especial para a minha, dona de uma das gargalhadas mais contagiosas que conheço, a senhora Tsikako/Celina. Hoje, e sempre.


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Quem sabe, mais para frente, role alguma coisa. Aceito sugestões.


Valeu!

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