Nada como um Dia após o Outro Dia chegará aos 20 anos Vivão e Vivendo

 

Olha, 2002 foi um ano emocionante. Aconteceu muita coisa. Em vários campos.

Até então, “Nada Como um Dia após o Outro Dia” era uma expressão com vários significados. Entre eles, uma deixa para a fatídica resposta/complemento, “e uma noite no meio”.


Daí veio um do melhores álbuns da música brasileira de todos os tempos e carimbou a frase para sempre na história da música, do Brasil. Outubro de 2002. 

Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue, e KL Jay enfim encerraram cinco anos de “silêncio” desde o Sobrevivendo no Inferno, de 1997. Este tão ou mais fundamental, rende uma discussão bacana e sem estresse.


Desde a capa estilosa, até a ousadia, o chegar chegando deste trabalho de 21 faixas – o terceiro álbum de estúdio do grupo - quase duas horas de som, letras, diálogos, crônicas da periferia urbana brasileira, prensadas em dois volumes. Como se fosse um recado, mostrar que o rap nacional alcançara um patamar que ninguém vai tirar.


Na época, o CD duplo dos caras vivia no modo repeat no fone de ouvido, nas caixas do som. Literalmente, até riscar. Que, coisa.


Até hoje, sei e canto a maioria das crônicas em formas de rima. Me servem, ajudam, e me dão mais alento e norte do que muita frase/estória de auto-ajuda vazia que pulula nas redes (cada vez menos) sociais.



Talvez algumas passagens podem soar datadas e até não comportam o mundo de hoje. Boa discussão ou pré-conceito? O que me conforta e mantém a minha admiração pelo quarteto é a que eles seguem em evolução.


O que fica bem evidenciado nos trabalhos solos de cada um. Se você agora torce o nariz, na boa, nunca captou realmente o que o quarteto paulista com mais de 30 anos de estrada quis e quer passar. 

Para pensar mesmo é como seguem atuais as fraturas expostas do país em Nada Como um Dia após o Outro Dia. Se bobear, piorou.


Geralmente ponho trecho das letras dos álbuns. Desta vez, vou passar. Como diria Emicida, vai faltar caneta caso escreva cada estrofe das músicas que considero pacas.


Certeza, quem já escutou tem as preferidas. Muitos certamente tem dificuldade em separar as faixas legais das mais legais. 

Qual delas, qual o trecho que invadiu o seu cérebro, estacionou no coração, e volte e meia aparece em seus pensamentos?


Quem só ouviu de passagem, não prestou atenção, aproveita a deixa, a dica, e deixe rolar.
Você não escutou ou desconhece? O baita álbum é facinho de achar nas internet da vida. Bora lá.



É isso. Falar mais será chover no molhado. Referências, samplers, influências, e tal, será longe de ser novidade.


Afinal, você tem uma boca e dois ouvidos. Então, escuta. Nada como um Dia após o Outro Dia.


Abraço, se cuida.

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