Futebol feminino marcou um golaço. Queira você, ou não



E aí, beleza?!
Mais de 40 mil de público em Itaquera para ver a final do Brasileiro das mulheres. Recorde sul-americano em duelos entre times. 

Foi de emocionar. Tamires, Gabi Zanotti, Bruna Benites, Arthur Elias, e companhia. Sabe, o sucesso delas é um traço de esperança não só no futebol feminino. Para o Brasil.

Óbvio, tem muito, mas muito mesmo, a melhorar. Para ter uma ideia, a premiação da CBF pelo título foi de R$ 1 milhão. O valor é cinco vezes maior que em 2021. Acho que um vencedor(a) de Big Brother fatura mais. Comparação grosseira, talvez. No Brasileiro da Primeira Divisão dos caras, a CBF paga R$ 11 milhões este ano. Para o décimo sexto lugar. Pois, é. O campeão, provavelmente o Palmeiras, recebe R$ 33 milhões.


Este sábado é motivo de festa, deixemos os reclames para outro dia. Ou, não. Tá bom, só mais uma.



Aqui, em Mato Grosso do Sul, há mais ou menos duas décadas, o governo estadual, independente de que partido foi ou seja, banca uma parte do campeonato “profissional” dos homens. Mais ou menos um milhão de reais.


Por outro lado, o Estadual feminino… A federação local tampouco tem departamento voltado para o jogo das mulheres. Em anos anteriores, houve campeonatos em que a disputa para elas durou uma semana, no máximo um mês. Em horários e dias – às vezes com menos de 48 hora de intervalo entre as partidas – nada favoráveis à presença de público. 

Resultado: figuração no cenário nacional, como no masculino. Com a diferença de que o futebol masculino ainda consegue um dinheiro, uma verba.


Que o sucesso do Brasileiro feminino siga a driblar preconceitos, enterre velhos chavões (jogo com mulher é sem graça é um deles), e conquiste o seu espaço. Há muito o que evoluir em termos de estrutura, nível técnico, parte financeira e tal. A fronteira com o amadorismo ainda é bem próxima, sobretudo fora das duas principais divisões nacionais.




Há que se ter paciência. Compreender que ainda engatinha. A primeira edição de um Nacional feminino foi na década de 90. O masculino já tem competições interestaduais desde o anos 30. Não é para comparar. Pedir por exemplo a mesma premiação/remuneração que é ofertada ao jogadores é brigar com a realidade. Entretanto, as jogadoras merecem subir de patamar. E, ao que parece, elas vão. Com o seu aval, ou não


Não é para comparar. Pedir por exemplo a mesma premiação/remuneração que é ofertada ao jogadores é brigar com a realidade. Entretanto, as jogadoras merecem subir de patamar. E, ao que parece, elas vão. Com o seu aval, ou não.



Obrigado Brabas do Corinthians, Gurias Coloradas, e todas as envolvidas de hoje, de ontem, e de sempre.




É isso. Se chegou até aqui, espero que tenha gostado.


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