Um sonho, ver o ultraprocessado se tornar naturalmente ultrapassado
E aí, beleza?!
Que geral se alimenta cada vez pior de um tempo para cá está longe de ser novidade. Confesso, alimentação saudável em meu dia a dia anda distante de ser o ideal. Aos poucos, tento melhorar. O tal do macarrão instantâneo, o famoso lamén ou miojo, é um produto que faz meses extinto em meu lar. Trocar um rango que fica prontinho rapidão dá trabalho. Mas, depois, compensa. Sei, é um dos poucos exemplos. É pouquíssimo, mas a intenção é melhorar. Mesmo a passos muito vagarosos.
Difícil resistir à propaganda, a praticidade, aquele refri, um salgadinho de isopor, um recheadinho, aquele congelado de mercado. E, pior, o preço cada vez mais baixo do que um suco natural de verdade, uma fruta, uns ingredientes para fazer uma massa bacana.
Este “problema” em minha dieta hoje é luxo – e olha que nem sei se faço mais parte da dita classe média tradicional. Simplesmente porque milhões passam fome, outros ganham pouquíssimo, e, o jeito é apelar para os ultraprocessados.
Basicamente, esta gama de “alimentos” são aqueles que passaram por maior processamento industrial. No geral, possuem alta adição de açúcares, gorduras, substâncias sintetizadas em laboratório e, principalmente, conservantes. Definição esta que consta no https://www.prosaude.org.br/
No coloquial, chamaria de aquelas coisas que tem cheirinho e cor de algo gostoso, mas é lotado de conservantes, aromatizantes, e demais antes… naturais.
Neste bizarro 7 de setembro que passamos vergonha, raiva, medo, e outras coisas negativa más, vi uma imagem entre muitas que chamou a atenção. Alguém com um cartaz “Independência é não passar fome”. Verdade verdadeira.
Meu, deve ter gente (?) que fica excitado em ver o povo de barriga vazia. Só pode ser. Aos (ir)responsáveis, impeachment agora é tarde. No lugar, vem o improvável, o imbecil, o im-outras coisas machistas, racistas, supremacistas. Vai ver, a gente era feliz no tempo do imexível e não sabia.
Volto aos ultraprocessados. Coisa dos tempos atuais, está mais barato do que um alimento natural ou minimamente industrializado.
Isso colou de vez na cabeça esta semana ao ouvir o episódio de podcast “Os ultraprocessados tiram onda na inflação”. É do pessoal do Prato Cheio, que por vez faz parte do Do Joio e o Trigo. Olha, se você quiser sair do artificial e ir a fundo nas mazelas da alimentação/agricultura do machucado Brasil, fica a dica.
É tanto revelador quanto didático. No Spotify, o link para o podcast é https://open.spotify.com/
Ótimas reportagens, de um jeito leve na medida do possível, e que expõe coisas de embrulhar o estômago e/ou deixar triste mesmo. Estão lá, o papel das grandes empresas, as ideias de marketing para emulsificar o lançamento do próximo pacote de bolacha (ou biscoito, neste caso, tanto faz), a relação com o poder e suas benesses, o porquê da corda arrebentar do lado mais fraco (pequeno agricultor, pobre consumidor pobre, e tal).
Mais uma de muitas iniciativas que fazem o jornalismo tupiniquim render bons frutos. Semente boa tem mais chance de dar coisa boa, né. Como estou sem grana para apoiar este e vários outras agências de jornalismo bem legais, ao menos passo para a frente a ideia.
Ainda sobre ultraprocessados e tal na alimentação tem um material legal também. “Quanto Custa a Sua Comida”, do ECOA, do portal UOL, é uma boa pedida. O link é https://www.uol.com.br/ecoa/
Melhor ficar por aqui. Os links acima oferecem um cardápio ultramelhor do que tudo que eu escrever sobre isso. Enquanto isso, reconheço, a passos de tartaruga sigo na missão de fazer com que os ultraprocessados um dia figurem na minha vida como ultrapassados.
É isso. Se chegou até aqui, espero que tenha gostado.
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