Bom dia professora, como vai, a nossa amizade nunca sai
E ai, beleza?!
Feliz Dia do Professor, da Professora. Mesmo que às vezes, a sensação é a de que nem todos aprendem as lições e repetem os mesmos erros.
Na eleição deste ano, por exemplo. Segundo site do jornal O Globo, a nova Câmara dos Deputados terá mais ‘delegados’ que ‘professores’. O número de federais eleitos que usaram “delegado” ou “coronel” em seu nome de urna mais do que dobrou nesta eleição. Dos cinco delegados que saíram vitoriosos em 2018, o total pulou para 11 nesta eleição. Entre os que usaram o título de “coronel”, a cifra aumentou de três para sete parlamentares.
Ao mesmo tempo, o total daqueles que usaram as palavras “professor” ou “professora” para conquistar o voto do eleitor caiu pela metade, e na próxima legislatura o grupo será de apenas quatro congressistas. É, vou te contar… tá osso.
E pensar que, no Brasil, em rápida pesquisa, o Dia do Professor teve origem por conta de uma lei decretada na época do Primeiro Reinado, na época de dom Pedro I, em 1827. Eita, parece até um momento Peninha, do Eduardo Bueno. Gosto dele.
Interessante que, nesta mesma lépida pesquisa, deparei com um “só foi instituído realmente na década de 1960”. Beleza, vou escrever nesta louça virtual um trecho de outro texto: “o então presidente João Goulart assinou o decreto nº 52.682, de 14 de outubro de 1963, ratificando a criação do Dia do Professor e determinando-o como feriado escolar.” É, foi o Jango… Em tempo, cooptei as informações sobre o dia de um site Escola Kids.
Cara, não tenho muito mais o que dizer. Torcer para levar uma nota 7. Não me leve a mal. Difícil manter a sanidade, a vitalidade, as provas que o Brasil atual nos impõe parecem querer rasgar os livros de história para brutalmente reescrevê-los.
Porém, o único jeito é buscar forças, usar a cachola, o coração, e seguir a vida. Como muitos bons professores e professoras.
Óbvio, toda área tem uns sem noção, gente que conhece o ensino público e seus perrengues, apoia ou faz papel de paisagem com os cortes na educação, o destratamento de quem se dedica a ensinar, os desvios na verba… tudo para servir um ser que, de repente, iria mal em uma prova de redação e, talvez, se gabaria do “feito”.
“Tem muita coisa que eu assino que eu leio a ementa apenas. Tem decreto que tem 20 páginas e às vezes tem um palmo de papel para assinar ali. E não é só ler, tem que interpretar também. Eu não tenho como interpretar”, falou o inominável em abril de 2020.
Professora, professor, educadores de verdade, de verdade, muita consideração e resiliência. Planejar aulas, conquistar a atenção de estudantes em tempos de internet é tarefa heroica. Imagine a concorrência com os googles e as informações erradas que pipocam nas redes.
Sem contar os estragos que a pandemia causou… e, como diria Chico Anysio em sua impagável Escolinha do Professor Raimundo, “e o salário, ó.
Ensino não é repressão, visão única, unilateral e autoritária. Muito menos, escola virar depósito de criança.
Como um mantra, misturado com momento ficando velho que repete as coisas, sempre lembro que conhecimento, informação, são coisas que uma vez aprendidas ninguém tira de você. Fica contigo para sempre, o que é muito legal.
Ah, e eu pus Bom dia professora, como vai, a nossa amizade nunca sai, porque nos primeiros anos letivos, são elas que geralmente aguentam “as praguinhas”. A gente ainda emendava um Vitasay!, só para rimar, em uma peraltice boba de criança, influenciada por propaganda dos anos 80.
É isso.
Links de coisas citadas acima
- Nova Câmara dos Deputados terá mais ‘delegados’ que ‘professores’
- Dia do Professor é uma data comemorativa que homenageia a importância desse profissional. Essa data foi estabelecida aqui na década de 1960.
https://escolakids.uol.com.br/
- Bolsonaro não lê decretos antes de assinar: "muitas vezes não tenho como"
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