Lutar, vencer, cair, levantar. E, se motivar
“O treinamento político não é apenas ler um livro, mas é uma forma de entender a vida, e entender o destino pessoal no destino político. Isso é luta, é debate, é um esquema mental, é um esquema moral e um esquema lógico”. Opa, frases livremente tirada do contexto, assumo. São do Álvaro García Linera, de uma entrevistada em 25 de outubro de 2020.
Interessante coincidência, quase dois anos certinho. Para chegar até essa entrevista reproduzida no Brasil de Fato, tropecei primeiro em um tuíte retuítado e comentado pela Tainá Jara.
É do @orapronorbs. Nele tem um trecho em vído(ops, é vídeo, corrigido após a publicação) da fala do ex-vice presidente da Bolívia. Em cima, escrito: “Legendei esta fala do ex-vice-presidente boliviano, Álvaro García Linera, sobre recuar e se reorganizar. Sempre volto a este vídeo quando me sinto desanimado. É sobre esperança sem ingenuidade. Espero que contribua para que outras pessoas também se inspirem.”
Realmente, dá uma dose de ânimo. Estou longe de ser um revolucionário, mas admiro esse pessoal que segue e sobrevive na luta pelo que acha certo. E, é mesmo. Se quiser ver, o link tá ali embaixo.
Então, daí que só para não ficar nesse twitter bem legal, vi mais algumas coisas sobre Álvaro García Linera. Pô, parabéns aí pro tio que nasceu em Cochabamba, e completou 60 anos na última terça-feira, dia 18.
São daquelas coisas que me faz questionar o quanto falta olhar para a América...do Sul.
Intelectual, autor de livros, muitas ideias – você pode até discordar de algumas, faz parte – e de uma lucidez para analisar o momento que vive o continente, por vezes esquecido pelo Gigante que parece realmente nessas horas se fingir arrogantemente adormecido. E, muita esperança.
Já faz um bom tempo que encontro dificuldades para acreditar em coisas boas. A máquina mais que diária de gerar coisas abjetas de modo que embaralhe tudo para que se perca a importância de cada fato é morbidamente um sucesso federal.
Entretanto, ler e/ou captar conhecimento, receber uma energia positiva que vem ou surge de onde você nem pensava é um oásis em meio a este deserto de humanidade.
Separei mais uma fala do glorioso pensador boliviano. Desta vez, deste ano, novamente li no Brasil de Fato – sei lá “culpe” os algoritmos.
“Nosso ponto fraco é que, às vezes, não pensamos nem produzimos teoria de caráter universal. Produzimos teoria de caráter local, temos um sentimento de inferioridade. Precisamos ter coragem de produzir teoria universal, modelos de caráter universal. Os aprendizados do Brasil, Argentina, Bolívia, Colômbia, servem não só à teoria política, como à filosofia e às diferentes áreas das ciências sociais. São extremamente úteis.” Linera, sobre a América Latina.
E, outra, corrobora o que muita gente em nosso país pensa:
“...todo processo de igualdade social gera uma reação conservadora, é inevitável. E é preciso tomar cuidado com essa reação, que é não só das elites, que são poucas, como também de setores médios tradicionais que veem com preocupação que um indígena, um operário, um trabalhador rural ou uma mulher negra, que deveria estar preparando a comida, torne-se governante.”
Ah, se acha que nem é tudo isso, foi mal. Pode por na minha conta, de repente, como diria Lulu Santos, ando “Num estado emocional tão ruim Me sentindo muito mal”, que uma fagulha de bem querer me faz tão bem.
Bora achar uma maneira para resistir. Sempre.
Em todo caso, fica a dica. Seguem os links do twitter e das entrevistas
- O tuíte
https://twitter.com/
- Álvaro García Linera: "Bolívia não tem seu destino garantido"
-Otimista com Lula, García Linera diz que América Latina precisa da liderança brasileira
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Brigadão
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