Quando tolerar não é uma opção



E aí, beleza?!


Até quando vão fingir que está tudo bem? Me surpreende o quanto o pessoal que diz ter sofrido, e sofreu mesmo, e até hoje é alvo de perseguição por alas extremamente conservadoras teima em subestimar os “malucos” que não aceitam a derrota via forma democrática.


Se quem manda deixar seguir a toada “o brasileiro é um povo cordial”, “as coisas se ajeitam sozinhas”, “já voltamos ao normal”, o meu medo/tristeza/raiva/vergonha para com os caminhos deste machucado país seguirá tão ou maior de que quando começou a me atingir para valer estes sentimentos depressivos, em 2016.


Será que não aprenderam nada com os anos de chumbo, seguido por um passar de pano nas atrocidades feitas por quem é pago para proteger? 

Será que permanecem a ignorar o mal monstruoso em potencial que faz as redes sociais? O principal propulsor do que ocorreu 2016 e aterroriza corações e mentes que ousam contrariá-los. Passou da hora, meses, anos, da internet de fato, no Brasil, deixar de ser terra sem lei.


O discurso de união e pacificação é necessário. Entretanto, muitos especialistas – sobretudo do exterior – bradam que contra fascistas não há debate, negociação. É tolerância zero. Não existe conversa com quem prega o ódio, a desumanidade, a barbárie.


A imagem, o propagado costume tão brasileiro de relevar, passar a mão na cabeça, fechar os olhos para o que está muito, mas muito errado, tem de ser enterrado. 

Aproveitemos o discurso de que hoje em dia não há espaço para machistas, racistas, e outras discriminações. 


Qual a razão de ouvir o argumento de quem apoia a ditadura, a tortura, a aporofobia? Inexiste justificativas racionais. Só serve de trampolim para a brutalidade. Eu, que estou longe de ser alguma coisa importante social e intelectualmente, vejo isso todo dia, em meu círculo real e virtual, acredito não ser possível que as cabeças pensantes deste país não notaram isso? Se sim, basta de espera.


Poder municipal, estadual, federal. Parte influente do poder ou que tem grande influencia na sociedade civil. Sério, até quando aguentar? Rir da idiotice de quem acredita nas mais bizarras fake news é uma coisa. Fazer cara de bravo para depois tolerar quem pratica atos terroristas é outra coisas.


O que aconteceu no último domingo em Brasília foi de uma tristeza, de questionar mesmo se a democracia vai seguir de pé. 

Reconheçamos, os antidemocratas golpistas terroristas sambaram na cara da sociedade. 


Vale lembrar, quem vai pagar o estrago será eu, você, e os manés que apoiam esse vandalismo. É patrimônio público. Não dos que estiveram ou estão agora a ocupar aquelas dependências. Sem contar o roubo de várias peças e objetos que pertencem ao Brasil.


Vou parecer chato e/ou cético, mas manifestos, nota de repúdio, protesto no dia seguinte, é cócegas para os que guiam o gado de forma remota. Claro. Ou viste algum figurão nas imagens desanimadoras mundialmente transmitidas desde o coração do Brasil?


Sim, tenho medo. Não sei medir o quanto de moral o governo federal eleito pelo voto tem perante as tropas militares, das Forças Armadas, e federais.


Tampouco causa esperança a burguesia deste país. Para a minoria dominante da riqueza brasileira, com tentáculos nas áreas chaves da nação, democracia é um bem qualquer. Vale menos que um jatinho, um iate, uma passagem de avião comprada em cima da hora sem ter de ver o saldo de suas contas. Dão risada.


Os que assumiram no dia primeiro de janeiro têm a missão de virar este jogo o mais rápido possível, com inteligência e com a vontade depositada neles por meio de milhões e milhões de votos de confiança. Estes podem até sentir receio ou preocupação. Mas, infelizmente, sem margem para demonstração de sinais de fraqueza.


"Sem justiça não há paz, é escravidão" - Mano Brown, Racionais MCs, em Mil Faces de Um Homem Leal



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Brigadão

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