Tarja Branca nos faz lembrar como brincar era um baita remédio

 

E ai, beleza?!


A dica de hoje saiu de uma sugestão da Gama Revista, que semana passada veio com uma newsletter com o tema “Como foi a escola?” Bem apropriado, né. Já tem gente que teve ir para a escola, outras começarão o ano de estudar nos próximos dias.


De lá, me interessei pela recomendação Tarja Branca – A Revolução que faltava. É daquelas coisas que, tive a sorte de encontrar antes tarde do que nunca. Um documentário produzido há quase dez anos (2014), dirigido por Cacau Rhoden, com roteiro de Marcelo Nigri.


Em 1 hora e 20 minutos o documentário tem como partida o brincar, o brinquedo. Sua magia, a sensação de liberdade, o sair dessa robotização. Depoimentos para todos os gostos: José Simão, Alberto Ikeda, Domingos Montagner, Wandi Doratiotto, Antônio Nóbrega, entre muitos nomes conhecidos. Outros, nem tanto, mas com o mesmo peso e conhecimento.


Em especial, deu uma sensação boa a energia de Lydia Hortelio. A professora de música e pesquisadora baiana é daquelas que transcende o que faz porque gosta. Faz você ter esperança. Uma coisa alegre, coisa criança, coisa de brincar.



Com imagens de manifestações divertidas, lúdicas, raiz mesmo – pipa, pular corda, e muito mais - Tarja Branca é dosado de forma transparente e forte sem pesar na mão. 


Se tiver uma contra-indicação, é a de que vai fundo na cultura brasileira. Na cultura de rua, e, de passagem, põe na parede a “cultura popular”. Expressão, segundo um e outro entrevistado, criada e usada muitas vezes de forma a reduzir os sons, as tradições, o brincar brasileiro de verdade. Mistura da resistência negra e dos indígenas, e deste jeitão europeu/norte-americano geralmente vislumbrado pela sociedade dominante. Se essas coisa não fazem sua cabeça e nem toca o coração, deixa quieto. Vai fazer outra coisa, sério. 


Outro ponto bem bacana é a fotografia, dirigida por Janice d’Avila. Belas imagens com conteúdo. Manifestações artísticas e culturais de brasilidade. De qualidade. Esse país é muito bonito, né?!


Os depoimentos, em boa quantidade e qualidade, desenrolam de tal forma que a brincadeira fica séria. A educação do jeito que está, tora o brincar da criança (por mais recreio! Recreação!), e a molda para tornar-se um ser burocrático, vazio? Quando a maioria em uma sala de aula infantil prefere ir ao shopping do que brincar, algo está errado.


O resultado será gerações sem graça e cada vez mais doente? O excesso de “obrigações” (aula de inglês, aula de algum esporte, tarefa, etc) desde cedo sufoca e sabota o bom que é brincar? Da importância de conviver com outras crianças, do errar e acertar, da curiosidade.


E, você, pai, mãe?

Lembra de como era levar a vida com mais graça? Confesso, recordo de momentos em que brincava, fazia piadas, riam de mim quando eu era o alvo. Tudo numa boa. Rir é o melhor remédio.

O presente do dia a dia, das responsabilidades, tirou muito da essência que não pode ser perdida: ser criança de vez em quando é fundamental.


Olha, vou ficar por aqui. Não falei nem metade do que tem de interessante nos ene depoimentos e personagens – de diversas classes – retratados nesse documentário. Talvez, exagerei. Pode ser.

Me fez e pensar muito sobre várias coisas. Quase dez anos depois, Tarja Branca segue e muito dentro do prazo de validade.


Fica a dica. Vi na Amazon Prime, mas acho que tem na Apple TV, no YouTube, e Google Play. Espero que goste.


É isso, abraço. Se cuida






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Só de chegar até aqui, brigadão.




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