É preciso levar a sério para que voltem, no máximo, a só matar aulas
Opa, beleza?!
Acho que o título ficou meio tenso, se virou um gatilho, perdão. Pode dar zero.
Semana pesada para quem, de alguma forma, tem algum tipo de envolvimento com escolas. Só em 2022 e 2023, o número de ataques em escolas no Brasil já supera o total registrado nos 20 anos anteriores, segundo pesquisadores.
Não pode ser mera coincidência o fato de, uns anos para cá, o discurso agressivo-bélico ter contribuído para a escalada das tragédias. Tem uma matéria da BBC News Brasil sobre isso, e tá interessante.
Olha, recomendo a você buscar informações de especialistas sobre o assunto. Por aqui, do meu lado, empírico misturado com um quê de emocional, a missão é sempre tentar acessar fontes confiáveis e sempre fugir de explicações simplórias. Como “é falta de de educação em casa”, o autor de ataques como este “já tinha tendência, era problemático, mesmo”. Por mais doloroso de escutar, do que sucessões de opiniões pré-concebidas, soa menos pior o “o que está acontecendo com esse pessoal?”.
Se soubesse, já teria tentado ajudar de alguma forma. Tem muita gente boa, capacitado, para tentar encontrar e/ou discutir ações para enfrentar a situação. Busca aí, certamente vai achar. Manda para mim também, vou querer ler ou ver.
Revistar estudante, olhar o que tem na mochila, até instalar detector de metal, estão pedindo. Posso ser ingênuo, e não vejo com bons olhos este tipo de iniciativa. Tampouco suficiente.
Penso ser necessário ir a fundo nesse debate para achar formas de prevenção. Se achar normal tratar estudantes como criminosos em potencial é sinal de que já perdemos a luta, a criança, o adolescente, o jovem, os sonhos deles.
]E dá-lhe risco de perseguir os que aparentemente “tem perfil de futuro delinquente”. Advinha, se não vai sobrar principalmente para quem já é perseguido: pobre, preto, e os “problemáticos”.
Bato nesta tecla há um tempão. Escola não pode ser vista como um depósito de gente. Tanto a direção, professores, como alunos e seus responsáveis, têm muito trabalho para, ao menos, tentar mudar esse quadro de constante clima de ebulição. Dentro e nas imediações dos colégios. Poder público, sociedade civil, também devem assinar essa lista de presença, e participarem.
É um baita esforço. Não só ficar em choque na semana e, depois, só dar bola para o problema quando outra matança ganhar tela e telinhas do pessoal de bem, ou nem tanto.
No melhor dos mundos, uma pegada multidisciplinar. Desde trabalho psicológico, passando por trabalhos com os jovens, que passem a ter um sentimento de acolhida e pertencimento, seus responsáveis, até chegar aos trabalhos de segurança de fato, até com policiamento. Desde que, com inteligência, sem truculência.
Claro, o parágrafo acima chega a ser lindo de tão utópico. A educação – sobretudo a pública - de um modo geral no Brasil mais parece um fardo para parte da elite e os governantes. Basta ver como, via de regra, professoras e professores ganham pouco, e ainda muitos torcem o nariz quando pedem melhores condições. Em um país ,que se valoriza mais quem mata do que quem ensina, a tarefa de desarmar - em vários sentidos – é digno de nota muito acima de dez.
Tentar mudar isso é preciso, necessário. Quem sabe, um passo de cada vez. Parado, como está, é que não pode ficar. Escola não foi feita para aprender a sofrer. Tampouco, chorar.
É isso. Acho que, deu. Papagaiei demais, já.
Segue o link da BBC Brasil, caso tenha interesse:
- Os fatores que contribuem para ataques em escolas, segundo especialistas
https://www.bbc.com/
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Só de chegar até aqui, brigadão pela companhia.
Abraço, se cuide.
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