Show de horror no Congresso dos EUA. É um esquenta para Brasil 2023?



Quando a nação que se orgulha de se considerar a maior democracia do mundo passa o que passou nesta quarta-feira, dia 6 de janeiro de 2021, é explícito que as coisas estão feias. Muito. Infelizmente não pode ser surpresa. Movido por um presidente que mais parece aquela criança que não aceita perder, aliado a uma poderosa rede de desinformação e milhares que levam supremacista-racista-fascista a sério detonaram uma cicatriz gigante em Washington.

Por sorte, no Capitólio, a democracia balançou, mas não capitulou. Stephen Levitsky, autor do livro Como as Democracias Morrem (ainda vou ler), diz que o autogolpe Trumpista fracassou por não ter tido apoio militar. Opinião de peso.

Do lado de cá, os sem-noção torceram para que desse certo a invasão ao congresso estadunidense, e nem deram bola para os quatro mortos. Para estes, Vidas de Quem Quer Que Seja Não Importam. Preferiram ver o copo de ódio meio cheio. Imaginam em suas mentes, ainda em silêncio ou já nem tanto, como trazer o know-how para as eleições brasileiras de 2022. E, se o resultado não for o que desejarem, passar o réveillon de 2023 com armas na mão em plena capital federal.

Uma coisa é periclitante. Os militares seguirão o que seus companheiros USA fizeram e ficarão ao lado da Constituição? O silêncio das Forças Armadas e de vários setores no país tupiniquim são preocupantes. Embora, mais uma vez, não surprendentes. Quisera nós darmos o voto de confiança sem pestanejar.

Triste é escutar asneiras horripilantes, gastar energia contra isso em plena pandemia. Que, sem esforço, matou 200 mil brasileiros. Por baixo. Quatro vezes mais o número de filhos da nossa terra que perderam a vida na Guerra do Paraguai. Que durou muito mais do que dez meses, diga-se de passagem.

Mas, como conversei com um amigo meu, puseram no poder gente irresponsável que, “é igual criança, para aprender coisa errada é rapidão”. Discordo de quem diz que o país está quebrado. Ele está destroçado e não é de hoje. Um processo lento e doloroso que vem de pelo menos quatro anos. O sucesso da tática Dividir para Conquistar.

Por enquanto, a única vacina para que tenhamos alguma chance de sair das trevas é o voto de 2022. Eletrônico. Se deixarem. Até lá, miremos no que é bom, democraticamente. Sem censura.

Vale a pena dar uma olhada nestes links

- Autogolpe de Trump fracassou por não ter apoio militar, diz Stephen Levitsky, autor de Como as Democracias Morrem

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2021/01/07/invasao-ao-congreso-dos-eua-deixa-quatro-mortos-diz-policia.htm

-Invasão ao Congresso dos EUA deixa quatro mortos, diz polícia

https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2021/01/07/invasao-ao-congreso-dos-eua-deixa-quatro-mortos-diz-policia.htm


Dica para desopilar

- AmarELo – É tudo para Ontem

Só vi agora. Documentário do Emicida que tem como pano de fundo seu show no Teatro Municipal de São Paulo. O principal artista da música brasileira da atualidade discorre sobre sua vida e o racismo e usa como pano de fundo a Pauliceia Desvairada e, sobretudo, Mário de Andrade. Tem até uma citação ao poeta Manoel de Barros. Participações luxuosas como Zeca Pagodinho, Fernanda Montenegro. Emociona em vários trechos. Boa pedida para todas as cores.


- A domesticação das plantas

Trabalho bem legal do Nexo sobre o processo iniciado há milhares de anos e que hoje garante a segurança alimentar mundo afora. Com base em infográficos, traça-se uma espécie de linha do tempo sobre a evolução. Só achei que faltou mais espaço para tratar dos transgênicos – ainda mais se você tem um pé atrás, ou os dois. Vai ver, para evitar polêmica, sei lá. Mesmo assim, um belo trabalho

O link é este aqui:

https://www.nexojornal.com.br/grafico/2020/12/30/A-hist%C3%B3ria-ilustrada-de-um-saber-domestica%C3%A7%C3%A3o-das-plantas?utm_medium=Email&utm_campaign=SDS&utm_source=SDS


É isso, espero que tenham gostado. Qualquer coisa, curte, compartilhe, diga o que achou. E, se quiser apoiar de alguma forma o Drugstore Kishô, agradeço.

Abraço e se cuide

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