Revisitando No, à espera que a alegria já venha

 

Esse 7 de setembro de 2022 vai ser, no mínimo, esquisito.

Sei lá, na minha cabeça virou um gatilho para um filme chileno chamado No.
Daí, dessas coincidências, essa boa produção com quase duas horas completa dez anos. Bingo!

Era a desculpa que faltava para a minha atração por datas redondas ou de cinco em cinco.


Se não conhece um dos melhores longa metragens do cinema chileno, dá uma chance. Tem a dupla formada pelo mexicano Gael Garcia Bernal – então com 33 anos - e o diretor chileno Pablo Larraín, dois anos a mais. Parceria que já se deu em Neruda (fiz um post sobre o filme, o link é https://drugstorekisho.blogspot.com/2022/05/neruda-para-quem-gosta-de-neruda.html ), e EMA, este ainda falta aos meus olhos.


Então, sobre o No, falei dele no então Blog do Kishô, versão anterior ao DK. Foi em abril de 2016. Faz uma cara, né?! Talvez os tempos eram outros.
Como infelizmente muita coisa pouco mudou - ou piorou, quem sabe – vou praticamente repetir por aqui o post. Quem sabe, dá um norte para o que pode ou dá para vir por aí até a eleição em que o que está em jogo é a democracia.


Confira aí


“Foi mera coincidência, só vi agora - filme NO”


Olha, juro que não tem nada a ver com o que vivemos hoje neste Brasil varonil. Mas, fazer o quê, só vi agora, e acaba sendo difícil não estabelecer alguma relação. O filme “No”, lançado em 2012, dirigido por Pablo Larraín, e com Gael García Bernal de personagem principal, são daquelas produções que podem ser tachadas de “panfletárias” para uns.


Pode ser. Mas, eu recomendo. Nem se for para falar mal. O longa é baseado no fim da ditadura chilena. Para fazer uma média com a opinião internacional, o general Pinochet convocou um plebiscito. O ano: 1988. Aos que querem que o seu governo continue por mais oito anos, que votem Sí. Aos que querem o fim de sua gestão o mais rápido possível, que votem No.


Daí que, René Saavedra (Gael), um publicitário bem de vida, meio que de paraqueda acaba ajudando a campanha pelo No. Sem muita grana, o pessoal contra a ditadura apela para a criatividade para angariar votos e tal.


E eu nem sabia que a produção chilena foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro de 2013. Na verdade, tinha ouvido falar na época. Mas, depois esqueci e a memória só foi refrescada pela patroa que já tinha visto o filme e gravou ele do canal Arte 1.


Tem muita coisa interessante no longa-metragem. Você pode questionar os motivos que levaram Saavedra a encarar a até então missão quixotesca, curtir o fato do filme ter sido gravado em Umatic, a boa ambientação de época. Entre as coisas que fiquei pensando é a de que o rumo das campanhas publicitárias tomaram caminho inverso ao que defendiam.


Enquanto o pessoal do Pinochet, dito capitalista e liberal, optou por uma campanha conservadora, bem oficialesca, “estatal“, na televisão, a galera do No, taxada de comunista, apostou em uma linguagem “prá frente”, tipo a juventude é uma banda em uma propaganda de refrigerante.



Concorda?


Abraço”



Se ainda não viu, parece que dá para assistir por meio do Telecine, Apple TV, YouTube, e Google Play.

Se der, assista de novo, refresca a memória, pois tem muito a ver com que passamos por agora neste Brasil dos dias sinistros. 





É isso. Se chegou até aqui, espero que tenha gostado.


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Brigadão


Um abraço atualizado

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