Eduardo Kobra falou ao Drugstore Kishô: Mil faces de um homem mural*

*Trecho de um post publicado em 17 de dezembro de 2020 

  E, deu certo. Esse esforçado bloguinho, tão novo, pequenino e já perseguido – por motivos sinistros não é possível compartilhar diretamente os posts via Instagram e Facebook – conseguiu umas respostas da importância e do tamanho das obras desse cara: Eduardo Kobra. 

O paulistano nascido na periferia da zona sul esteve por estas bandas, Mato Grosso do Sul, para deixar a sua marca em Coxim. Cidade com ares pantaneiras, a 217 km de Campo Grande, que foi palco da homenagem do Kobra. Que pintou Zacarias Mourão, o tiozinho do Meu Pé de Cedro. Se não entendeu, nada, aproveita e vai pesquisar. Aliás, conhecimento foi a base do que o ícone do muralismo brasileiro disse ao Drugstore Kishô. Obviamente, repetiu várias vezes tal qual um mantra. 

As questões sobre seu início na carreira, lá no fim dos anos 80, até a pluralidade cultural – que vai do hip-hop, cita John Coltrane e desagua em Luan Santana, sul-mato-grossense que também ajudou o cidadão do mundo de 45 anos a cair aqui no mundão de Mato Grosso do Sul; e mais. Tal qual um desenho, uma pintura, o artista risca, rabisca, “apaga”, risca de novo suas opiniões, suas posições – será este o preço que elas “Kobram?”. 

Este que escreve optou por deixar praticamente na íntegra os áudios, que se traduziram em idas e vindas no pensamento, não textaços e, sim, gigantescos murais com muito, mas muito conteúdo mesmo. Situação do país, umas ideias de incentivo para quem deseja trilhar um caminho inspirado por Eduardo Kobra, está tudo aí para quem quiser chegar. Meu, vergonha nenhuma de dizer que emocionei em vários trechos. 

 Um agradecimento especial ao Airton Gontow, que fez esta ponte DK-EK. Assessor, comunicador, que fez ser muito viável a entrevista dada no dia 10 deste mês, uma quinta-feira, sem se importar com o tamanho do blog. Infelizmente, muitos nomes da cultura regional ou nacional que estão longe do conhecimento e do reconhecimento que tem o muralista são e optam por serem blindados de tal forma que afasta o artista do povo. Das ruas, como bem cita Kobra. 

Valeu, muito, mesmo. Finda esta entrevista de perguntas curtas e respostas gigantes com a indagação de qual para onde Kobra vai? Dois mil e vinte não foi um mar de rosas. Faz nove meses que perdeu a filha, ainda junta com a pandemia, é osso. Porém, disse ao Airton, que fez o meio de campo até chegar as questões, e repito aqui. 

A entrevista-depoimento de Kobra foi de uma positividade, que galera a milhão precisa ler por aqui e ver por meio de sua arte. “Está bem?! Muito obrigado pela oportunidade. Um abraço”, disse ao fim da última resposta. Eu que agradeço, Kobra. 

Foi mal, empolguei. Segue aí. Tal qual as obras dele, se preferir pode apreciar por partes, são cerca de 15 minutos transformados em umas duas mil palavras. Ou, devore tudo de uma vez. E, faça da sua mente uma tela, uma parede, um muro, uma construção aberta... sem limites. 

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